Guarda: na Cozinha Económica o Natal é todos os dias

A Cozinha Económica da Guarda, pertença do Centro de Assistência Social da Guarda – Instituto de S. Miguel, com sede no Largo Dr. João de Almeida, serve refeições durante todo o ano e mata a fome a muitas pessoas pobres e necessitadas.

“Aqui, o Natal é todos os dias do ano. Começa no dia 1 de Janeiro e acaba no dia 31 de Dezembro”, disse ao Jornal “A Guarda” a irmã Maria Armandina Lacerda, elemento do Conselho de Administração e uma das irmãs mais antigas da instituição.

Nos dias 24 e 25 de Dezembro, a Cozinha Económica serve apenas almoços aos utentes mas aquela responsável assegura que no dia de Consoada “o almoço é melhorado”.

Maria Armandina Lacerda ainda não sabe quantas pessoas irão fazer aquelas duas refeições na instituição, explicando que “o número também varia”.

Contou que, durante a semana, o refeitório da instituição serve, em média, “15 a 16 refeições” a pessoas necessitadas mas, “outras vezes chegam a ser 20”. “Aos domingos, às vezes, também vêm imigrantes ucranianos. Também os servimos, porque não fazemos distinção de pessoas”, disse.

Referiu que “os pobres não pagam a refeição” que custa 4,5 euros, explicando que quem procura aquela casa “são passantes e, às vezes, chamam-se uns aos outros”. “Às vezes, o Centro Regional de Segurança Social da Guarda indica-lhes para virem aqui”, adiantou.

“Temos que estar atentas àquilo que o Senhor nos vai mandando. Temos que estar atentas àquilo que passa, como disse o Senhor D. João de Oliveira Matos [antigo Bispo Auxiliar da Diocese da Guarda e fundador do Centro de Assistência Social da Guarda – Instituto de S. Miguel]. A nossa missão é esta”, declarou a irmã Maria Armandina Lacerda.

Pelas contas da direcção da instituição, durante o ano de 2008 foram servidas, no refeitório da Cozinha Económica, 2768 refeições e, 3783 foram levadas para casa. Em relação a 2009, o apuramento final só será efectuado em 31 de Dezembro, mas é garantido que a procura de alimentação pelos mais necessitados “é superior a 2008”.

Por outro lado, foi referido que tem aumentado a procura por jovens com idades entre os 18 e os 30 anos e que se registam muitas situações de “pobreza envergonhada”. “Além destes que passam todos os dias, aumentou a procura, sobretudo de pessoas envergonhadas e nós estamos atentas a tudo isso”, garantiu aquela responsável da instituição onde, afinal, “o Natal é todos os dias”.

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