Guarda: Diocese realizou primeira sessão da Assembleia Diocesana

Projeto decorre em três etapas e analisa as conclusões de três anos de reflexão nas várias estruturas diocesanas no âmbito da reorganização pastoral em curso

Guarda, 02 mai 2017 (Ecclesia) – O bispo da Guarda presidiu à primeira sessão da Assembleia Diocesana que discutiu, analisou e votou 11 proposições sobre o tema ‘Que Igreja somos?’ destinadas a determinar a ação futura da Igreja local.

“Queremos estabelecer um caminho que seja não rápido, tem de ser lento, consistente, para podermos ter caminhos que garantam continuidade para o futuro próximo. Esta é a preocupação que levamos e eu em particular trago para esta primeira sessão”, explicou D. Manuel Felício à Agência ECCLESIA.

No Seminário da Guarda, à margem da primeira sessão, o prelado explicou que a análise à Igreja que querem ser, para estar à “altura das circunstâncias de hoje” e do que se está a viver, faz-se segundo “o pensamento do fundador Jesus, a forma como ela é apresentada nos textos evangélicos, e reapresentada no Concílio Vaticano II”.

As 11 preposições que foram votadas na tarde do sábado, com possíveis acertos, ajustamentos, modificações, foram refletidas em 12 grupos, constituídos entre 20 a 25 pessoas, que são os 240 delegados à Assembleia Diocesana.

‘Os ministros ordenados, na vida da Igreja; a vocação e missão dos Leigos na Igreja e no Mundo; pastoral de conjunto e unidades pastorais; a relação Igreja Mundo; a Comunicação social’ e ‘reorganização da Diocese’ eram alguns dos temas em análise.

Sobre a comunicação social, por exemplo, D. Manuel Felício afirmou que são três as “ordens de preocupações” e a primeira é cuidar os meios da própria diocese, a começar pelo sítio na internet que têm de “pô-la, efetivamente, ao serviço” até aos três semanários e vários boletins.

A transmissão para a comunicação geral das realizações e da identidade da Diocese da Guarda é outra preocupação desta temática, afinal, a forma como transmitem a sua imagem esta “aparece mais ou menos fiel na própria comunicação geral”.

Sobre a reorganização da diocese, outro assunto em debate, o bispo assinalou que está “em processo” e não se pode fazer “por decreto” mas tem que ser um processo em que se vão fazendo experiências, “ou então muda-se na próxima oportunidade”.

Segundo D. Manuel Felício, os serviços diocesanos têm de ser repensados na forma como respondem ou não “às necessidades das paróquias e conjuntos de paróquias” e os “serviços das comunidades têm também de continuar a ser repensados”.

O prelado sublinha que, para além, da reorganização física, como dos 15 arciprestados, é precisa também a dos serviços, a de “atitudes das pessoas” e dos serviços uns para com os outros”, onde é necessário valorizar o catequista como “serviço da primeira importância”

No dia 20 de maio, a Igreja Católica na Guarda realiza a segunda sessão da assembleia diocesana que vai ser dedicada à “transmissão da fé” e ao mundo juvenil preocupados com “um esvaziamento de gente nova”.

Por outro lado, acrescenta o bispo diocesano, há espaços onde existem muitos jovens como a Universidade na Covilhã, com seis mil alunos, e o Politécnico da Guarda, que tem três mil alunos.

“São mundos que exigem a nossa atenção e temos que lhe dar em termos mesmo de investimento dos ministérios que vamos preparando, organizando e pondo a funcionar”, observou.

CB/OC

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