Grandes potências apregoam segurança vendendo armas

Grandes potências apregoam segurança vendendo armas A localidade de Óbidos acolheu, dia 4 de Julho, o I Encontro Nacional sobre os Direitos Humanos que, segundo Teresa Nogueira, Presidente da Amnistia Internacional e uma das palestrantes, pretendeu ser “alerta das consciências sobre a problemática dos Direitos Humanos”. Na sua conferência, Teresa Nogueira realçou que “nunca, como actualmente, se falou tanto das questões de segurança mas nunca, como actualmente, as pessoas se sentiram tão inseguras”. Uma realidade que deriva da permanência das guerras e também do “aumento da repressão interna”. Uma iniciativa, contou com a presença de várias instituições, onde os conferencistas alertaram os participantes para as actuações de determinados países na “promulgação de leis no sentido de detenções com tempo indeterminado”. E avança: “estão a restringir fortemente o direito de defesa dos cidadãos” – sublinhou à Agência ECCLESIA Teresa Nogueira. Para além deste ponto de reflexão focou também a questão dos “conflitos esquecidos, nomeadamente em África”. Manifestações que causam instabilidade e geram “centenas de milhares de refugiados que andam apavorados entre uns países e outros”. Situações que devem ser ultrapassadas com a colaboração das grandes potências. E refere os culpados: “os países que mais proclamam que querem a segurança são os grandes culpados”. Uma “contradição “autêntica”. Procuram a segurança “vendendo armamento” mas esta, a genuína, passa pelo “respeito dos Direitos dos povos” e na criação de condições “para que as pessoas possam viver no seu país” – realçou Teresa Nogueira. Trocas comerciais que prejudicam “fortemente os direitos humanos” e servem “para o branqueamento de capitais”. Segurança e comércio de armas são duas realidades contraditórias. E adianta: “os Estados Unidos, Reino Unido e França foram os países que venderam mais armas em 2002”.Apregoam a segurança, “a superficial”, mas são eles que “vendem mais armas”. Uma iniciativa que pretendeu mostrar às pessoas “que se não agirem são coniventes com esta situação” – finalizou Teresa Nogueira.

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