Diocese vai receber peregrinação das relíquias do discípulo de Jesus
Funchal, Madeira, 11 jun 2021 (Ecclesia) – A Igreja Católica na Madeira assinala hoje os 500 anos da escolha do Apóstolo São Tiago Menor como padroeiro da cidade e Diocese do Funchal.
“Vamos celebrar a sua escolha numa situação muito semelhante, com a peste e cordões sanitários, vimos que as medidas que tomaram não são muito diferentes do que tomamos hoje”, destaca D. Nuno Brás, em declarações à Agência ECCLESIA.
O bispo do Funchal sublinha a continuidade da celebração do chamado “voto de São Tiago”, que se continua a celebrar a 1 de maio, com uma procissão na capital madeirense.
Esta noite, o Conservatório de Música da Madeira irá apresentar um concerto para comemorar os 500 Anos do Voto a São Tiago Menor, na Sé do Funchal, pelas 21h00.
As celebrações do voto de S. Tiago Menor terminarão com a peregrinação das relíquias do santo pelos arciprestados.
“Estará connosco o Núncio Apostólico no dia 11 de junho, que coincide com a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, e na diocese o dia do clero, será a celebração que vai marcar o início de todas estas iniciativas e terminará com a peregrinação das relíquias de S. Tiago Menor”, disse D. Nuno Brás.
O prelado referiu que de “16 de outubro a 12 de novembro” as relíquias irão percorrer o arquipélago.
“Esperamos que já seja o pontapé de saída no novo ano pastoral em que as várias atividades da diocese possam retomar a vida pastoral, senão a 100% pelo menos a 90%”, desejou o bispo do Funchal.
D. Nuno Brás recordou ainda a importância das relíquias de um santo por mostrarem “que é possível a santidade” nos dias de hoje e pela aproximação “de colocar a santidade como ideal de vida cristã, qualquer coisa de fundamental”.
O prelado recordou que há 500 anos o Apóstolo S. Tiago Menor foi escolhido como padroeiro da cidade e Diocese do Funchal, “num momento de grande aflição”, quando o povo madeirense “sentiu a necessidade de olhar para Deus”.
“Foi colocado num barrete vários papéis com nomes de santos e, depois de rezarem todos de joelhos, uma criança de sete anos, de seu nome João, tirou o papel que tinha o nome de S. Tiago Menor”, relatou.
Segundo o bispo do Funchal o voto “foi sendo repetido” e, antes do Concílio Vaticano II, S. Tiago era celebrado a 1 de maio”, e no “Funchal e na Madeira este dia foi feriado, com procissão para cumprir e celebrar o voto”.
HM/SN