Igreja deve «intensificar esforços» junto dos mais carenciados, «em cooperação com outras instituições de solidariedade», salientou
Funchal, Madeira, 28mar 2013 (Ecclesia) – A homilia do bispo do Funchal para a missa crismal, celebrada hoje na Sé diocesana, incidiu sobre o papel que a Igreja Católica deve desempenhar para ajudar o povo português a lidar com a crise.
Segundo a edição online do Jornal da Madeira, D. António Carrilho dirigiu-se ao membros do clero convidando-os a “uma atenção particular à presente conjuntura económica e social, na descoberta das carências, necessidades e problemas” das pessoas, nas diversas paróquias.
Na eucaristia em que, todos os anos, os sacerdotes renovam os seus votos e onde são consagrados os óleos utilizados para a instituição dos sacramentos, o prelado propôs também a revitalização dos “esforços” da Igreja, no apoio aos mais desfavorecidos.
Para D. António Carrilho, as estruturas eclesiais devem “intensificar esforços para um maior apoio, tanto material como espiritual, àqueles que nestes tempos difíceis mais precisam, em cooperação com outras instituições de solidariedade”.
O bispo do Funchal sublinhou a responsabilidade do sacerdote enquanto “profeta da esperança e da alegria” e como “homem de fé” a quem cabe “escutar o Espírito de Deus”.
Só cultivando e seguindo os valores do Evangelho é que é possível encontrar a força necessária para dar “maior atenção à realidade humana e social do tempo presente”, avisou.
O prelado, que às 19h00 na Sé vai presidir à missa da Ceia do Senhor, também na Catedral do Funchal, saudou ainda a forma próxima e simples como o Papa Francisco se tem apresentado aos fiéis.
“Os seus gestos e os desafios que tem lançado” abrem boas perspetivas “quanto à renovação da Igreja e à construção de uma sociedade mais justa e fraterna”, sustentou.
JM/JCP