Funchal: «A Eucaristia é o grande impulso da caridade», destacou bispo diocesano

D. Nuno Brás lavou os pés a seis utentes da Casa de Saúde de São João de Deus e seis irmãos da Confraria do Santíssimo da Sé

Foto Sé do Funchal

Funchal, 28 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo do Funchal disse hoje que “a Eucaristia é o grande impulso da caridade” que, partindo da morte e ressurreição do Senhor, “anima também a vida do cristão”, na Missa da Ceia do Senhor, que presidiu na Sé.

“Caridade com os irmãos na fé, exigindo verdadeira fraternidade e comunhão; caridade com todos, em particular para com os que sofrem — Amor de Deus hoje, distribuído sem medida, até aos confins do mundo; ponto fixo que eleva o mundo inteiro do tempo presente até Deus”, disse D. Nuno Brás, na homilia enviada à Agência ECCLEISA.

“Páscoa da passagem de Deus por cada vida humana, por nós, em cada dia, que apenas a oração é capaz de descobrir no seu verdadeiro significado, de acolher com todas as suas exigências, de nos ajudar a retirar dela todas as suas consequências existenciais”, acrescentou.

Na Missa Vespertina da Ceia do Senhor, em quinta-feira santa, que dá início ao Tríduo Pascal, o bispo do Funchal observou que os discípulos de Jesus, que, certamente, já tinham percebido como seria “dramática aquela Ceia”, foram surpreendidos pela “Ceia da Nova Aliança”, e conduzidos por Jesus “dali até à cruz, da cruz à sepultura, e desta à surpresa do túmulo vazio, ao encontro com o Ressuscitado e ao envio do Espírito Santo”.

“Cada Eucaristia que celebramos é, na realidade, esse mesmo vértice pascal que nos é dado viver. Em atitude orante, acolhamos Deus que passa por nós; acompanhemos o Senhor Jesus à Sua Paixão; com Ele, vivamos o silêncio do Sábado; e deixemo-nos surpreender pela Boa Notícia da ressurreição”, desenvolveu.

O bispo do Funchal destacou que a “Eucaristia não é um teatro, não é um espetáculo, não é uma refeição de família”, mas a celebração da morte e da ressurreição do Senhor, da qual todos participam e todos vivem, “transformando e unindo o coração e a vida às palavras proferidas e aos gestos realizados”.

“Deixando que o serviço que Jesus realiza para nós e por nós se torne o fundamento e a forma de toda a nossa vida e de todo o nosso serviço aos irmãos e ao mundo”, acrescentou.

Foto Duarte Gomes/Jornal da Madeira

D. Nuno Brás explicou que na celebração da Eucaristia, “o Senhor não apenas lava os pés numa atitude extrema de serviço”, mas também os purifica verdadeiramente para poderem “tomar parte com Ele na Sua nova e definitiva Páscoa”.

Na cerimónia que incluiu o rito do lava-pés, como Jesus fez aos seus discípulos, o bispo do Funchal lavou também os pés a 12 pessoas, seis utentes da Casa de Saúde de São João de Deus e seis Irmãos da Confraria do Santíssimo da Sé, informou o Jornal da Madeira.

CB

 

Funchal: Homilia de D. Nuno Brás na Missa Vespertina da Ceia do Senhor

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