Francisco apelou à reconciliação no Iraque

Cidade do Vaticano, 30 out 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco pediu aos peregrinos iraquianos que confiem em Deus e relembrou na catequese de hoje que se aproxima a solenidade de Todos-os-Santos, “uma realidade muito bonita da fé”, e a comemoração dos Fiéis Defuntos.

“Convido-vos a rezar para que a querida nação do Iraque infelizmente afetada diariamente por episódios trágicos de violência possa encontrar o caminho da reconciliação, a paz, a unidade e a estabilidade”, disse Francisco dirigindo-se a uma delegação iraquiana, com representantes de vários grupos religiosos, acompanhados pelo presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso.

“Quando sentir insegurança, perda e dúvida no caminho da fé confiem em Deus através da oração filial, ao mesmo tempo encontrará coragem para estar humildemente recetivo aos outros. Como é belo apoiarem-se mutuamente na aventura maravilhosa da fé”, acrescentou aos peregrinos árabes, especialmente a esta delegação.

Na catequese, o Papa Francisco, pela proximidade da solenidade do Dia de Todos os Santos esta sexta-feira, assinalou a “realidade muito bonita da fé” que é a comunhão dos santos e explicou que o Catecismo da Igreja Católica refere-se a duas realidades: “a comunhão nas coisas santas e a comunhão entre as pessoas santas (n º 948)”.

“É uma das verdades mais reconfortantes da nossa fé, porque lembra-nos que não estamos sozinhos mas há uma comunhão de vida entre todos os que pertencem a Cristo”, desenvolveu o Papa focando-se no segundo significado.

“Uma comunhão que nasce da fé, o termo “santos” refere-se àqueles que creem em Jesus e que são incorporados na Igreja através do batismo”, acrescentou.

Segundo Francisco, a relação entre Jesus e o Pai é a “matriz da ligação entre os cristãos” e ao estarem todos incluídos nesta “matriz” o amor de Deus queimará “o egoísmo, os preconceitos e as divisões internas e externas”.

Por isso, o Papa apela à “experiência da comunhão fraterna que conduz à comunhão com Deus” e recorda os santos porque “a fé precisa do apoio de outras pessoas especialmente em tempos difíceis”.

“A comunhão dos santos são uma grande família, onde todos os componentes são ajudar e apoiarem-se uns aos outros”, referiu pedindo disponibilidade pessoal a cada um para ouvir, ser ouvido e ajudar nas suas paróquias ou movimentos.

Francisco na conclusão da catequese recordou também o dia dos Fiéis Defuntos, este sábado, e perguntou se este dia de fé baseia-se em “Cristo morto e ressuscitado” ou “é uma mistura de crenças e medos” que não estão relacionados “com o Evangelho”.

CB/LFS

 

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