Francisco/3.º aniversário: Porta-voz do Vaticano fala em liderança moral cada vez mais «global»

Padre Federico Lombardi sublinha abordagem dos «grandes temas» por parte do Papa

Cidade do Vaticano, 08 mar 2016 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, afirmou que o Papa Francisco se tem afirmado como um líder “moral” de dimensão global, nos seus quase três anos de pontificado.

“Tenho a impressão de que tem crescido a autoridade do Papa como mestre de humanidade, da Igreja e da humanidade, numa perspetiva global, porque no último ano, o Papa chegou a praticamente todos os continentes”, declarou o responsável pela sala de imprensa da Santa Sé, em entrevista à Rádio Vaticano.

O cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito; assumiu o inédito nome de Francisco, tornando-se o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja e também o primeiro pontífice sul-americano.

Para o porta-voz do Vaticano, em 36 meses, Francisco tem tratado com “autoridade” os problemas da humanidade e da Igreja.

“Fala dos temas da paz e da guerra, que dizem respeito a todos, fala dos grandes temas da sociedade atual no contexto da globalização, da ‘cultura do descarte’, da justiça e da participação”, enunciou o padre Lombardi.

O sacerdote jesuíta sublinha o impacto da encíclica ‘Laudato si’, que “conseguiu dar uma visão global das perguntas urgentes e cruciais da humanidade de hoje e da humanidade de amanhã”

“A humanidade olha para o Papa Francisco como uma pessoa que ajuda a encontrar a orientação, a encontrar mensagens de referência numa situação de grande incerteza. Um líder e mestre credível”, acrescentou.

O diretor da sala de imprensa da Santa Sé elogiou depois a forma “nova e original” de apresentar a mensagem da Misericórdia com a convocação de um Jubileu que se espalha por todo o mundo.

A entrevista aborda depois a polémica da fuga e publicação de documentos reservados da Santa Sé, o ‘Vatileaks 2’, de que Francisco falou publicamente a 8 de novembro de 2015, para assegurar que a “reforma” em curso iria continuar.

Segundo o padre Lombardi, “o Papa, vindo de longe, dá uma perspetiva nova e tem uma grande capacidade de ver todas as expectativas de renovação da Igreja e suas estruturas de governo”.

“Os Sínodos são caraterísticos deste comportamento: ter enfrentado um tema central como o da família mostra o desejo de ir com confiança e coragem ao coração das grandes questões pastorais da vida cristã”, acrescentou.

Em relação às críticas que têm sido feitas ao atual pontificado, inclusive por partes de católicos, o porta-voz do Vaticano entende que se devem ao facto de se “caminhar em terrenos novos, procurando responder a questões que são colocadas com urgência por um mundo que está a mudar.

“É algo que naturalmente provoca preocupação, temor, incerteza”, precisou.

Falando de um pontificado “rico de gestos concretos” e de imagens, o padre Lombardi escolhe como símbolo particular os momentos de “atenção aos doentes, abraçar quem sofre”.

“São gestos que falam realmente a toda a humanidade e que nos tocam profundamente”, conclui.

OC

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