Francisco/3.º aniversário: Casa cheia no Vaticano para dar os «parabéns» ao Papa e receber uma prenda

Peregrinos na Praça de São Pedro receberam «Evangelho da Misericórdia»

Cidade do Vaticano, 13 mar 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco assinalou hoje o seu terceiro aniversário de pontificado com dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, a quem ofereceu um cópia do Evangelho, em formato de bolso.

“Trata-se do Evangelho de Lucas, que lemos nos domingos deste ano litúrgico. O livro tem este título: ‘O Evangelho da Misericórdia de São Lucas’”, explicou, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.

O Papa, que convocou o terceiro ano santo extraordinário na história da Igreja Católica para proclamar um Jubileu da Misericórdia, disse que se inspirou neste Evangelho para escolher o tema, que tem  sido central no atual pontificado: ‘Sede misericordiosos como é misericordioso o vosso Pai’.

“Convido-vos a tomar este Evangelho e a lê-lo todos os dias: assim a misericórdia do Pai habitará no vosso coração e podereis levá-la a quantos encontrardes”, disse.

Francisco acrescentou que no fim do livro, “na página 123”, estavam também elencadas as sete obras de misericórdia corporais e as setes espirituais.

“Seria bom que as aprendessem de cor, assim é mais fácil fazê-las”, referiu.

O ‘Evangelho da Misericórdia de São Lucas’ foi distribuído gratuitamente por voluntários, incluindo mil idosos e avós de Roma, para além de profissionais e utentes do Dispensário Pediátrico do Vaticano.

“Quanto valor têm os avôs e as avós que transmitem a fé aos seus netos”, exclamou.

O Papa agradeceu aos voluntários e pediu-lhes que se deslocassem até fora da Praça de São Pedro, onde também havia peregrinos que não tinham conseguido entrar.

“Convido-vos a levar este Evangelho, para que a Misericórdia do Pai se faça obra, em vós”, apelou a todos os presentes.

O cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito; assumiu o inédito nome de Francisco, tornando-se o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja e também o primeiro pontífice sul-americano.

A catequese dominical partiu do episódio da mulher surpreendida em adultério, que uma multidão queria apedrejar, mas que Jesus desarma ao dizer que atirasse a primeira pedra quem não tivesse pecado.

Esta cena, precisou o Papa, coloca frente a frente “a miséria e a misericórdia”, recordando que cada pessoa tem “uma dignidade, que não é o seu pecado, que pode mudar de vida”.

“Essa mulher representa-nos a todos, isto é, adúlteros diante de Deus, traidores da sua fidelidade. A sua experiência representa a vontade de Deus para cada um de nós: não a nossa condenação, mas a nossa salvação através de Jesus”, acrescentou.

Francisco concluiu com os tradicionais votos de bom domingo e “bom almoço” para os peregrinos, pedindo orações por si.

OC

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