França/Escola: Bispos católicos criticam proposta de retirar expressões «pai» e «mãe»

Lisboa, 19 fev 2019 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal Francesa (CEF) manifestou a sua oposição à proposta governamental que os documentos administrativos nas escolas deixassem de contemplar as opções “mãe” e “pai”.

“Mais uma vez, lamentamos ver uma tentativa no Parlamento que, sob o pretexto de unificar procedimentos administrativos, desconstrói a realidade da família”, refere uma nota assinada por D. Bruno Feillet, presidente do Conselho Família e Sociedade da CEF.

O bispo auxiliar de Reims considera que as referências a “pai” e “mãe” não são “atrasadas” ou “ultrapassadas”, pelo que a escola “deve participar dessa perceção profundamente estruturante”.

“Esta asseptização da vida familiar representa a enésima metamorfose da teoria de género, que desejaria que fosse indiferente ter pais do mesmo sexo ou de sexo diferente. Além disso, em nenhuma família, incluindo as poucas famílias onde há dois adultos do mesmo sexo, ninguém se apresenta como pai 1 e pai 2”, acrescenta o texto, pedindo que o “bom senso” prevaleça.

Alguns deputados da bancada parlamentar do partido do presidente Emmanuel Macron, o República em Marcha, propuseram que os documentos administrativos nas escolas deixassem de contemplar as opções “Mãe” e “Pai”, para que estas fossem substituídas por “Encarregado 1” e “Encarregado 2″.

A emenda foi apresentada a 12 de fevereiro e chegou a ser aprovada; os deputados propõem agora que possa ser selecionado, no caso de cada encarregado, a opção “mãe” ou “pai”.

OC

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