Forças Armadas: «Quer a Segurança, quer a Paz necessitam de um constante, permanente e eficaz trabalho de construção, de luta e de sacrifício» – D. Rui Valério

Bispo das Forças Armadas e de Segurança assinalou 111 anos da Guarda Nacional Republicana a quem elogiou a luta pela «verdade», «liberdade» e salvaguarda da «dignidade humana»

Foto: Guarda Nacional Republicana

Lisboa, 27 abr 2022 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança disse hoje que a “dramática situação bélica atual” fez reconhecer que a segurança e a paz não são “dados adquiridos, sobejamente estabelecidos”.

“A dramática situação na Ucrânia demonstra que quer a Segurança, quer a Paz necessitam de um constante, permanente e eficaz trabalho de construção, de luta e de sacrifício. O mundo, sobretudo o ocidental, está a constatar que, quando deixa de haver dedicação e esforço para construir a segurança, para a defender e atuar, a sociedade torna-se como os campos deixados ao abandono. Para que a ilegalidade e a criminalidade deflagrem e a guerra se instaure só uma coisa é necessária: não cuidar da segurança, não cultivar a paz”, lamentou D. Rui Valério durante a celebração dos 111 anos da Guarda Nacional Republicana (GNR), ocorrida na Basílica dos Mártires, em Lisboa.

O responsável uniu a sua voz aos portugueses, que louvam e agradecem a “vida e missão” da GNR, pelo “dom e benefício da segurança” que oferecem aos cidadãos, e a “dádiva incomensurável do valor da paz que enche os dias da Nação”, permitindo o funcionamento da vida em segurança, “do trabalho, do funcionamento da escola, da saúde, e do lazer”, recordando que os militares da GNR trabalham pelo “primado da vida”, pela “salvaguarda” e promoção da “dignidade do ser humano”.

“A mensagem que oferece, hoje, a Guarda é a mesma de há 111 anos: o primado é sempre a vida, a dignidade de cada ser humano e a lei, a sua salvaguarda e promotora. Estes valores são a espinha dorsal do Estado de Direito, são a alma do humanismo e da civilização, por eles a Guarda dá a sua própria vida”, afirmou D. Rui Valério na celebração

O bispo das FAS recordou ainda que cada GNR é enviado “não em função de si mesmo”, mas tal como testemunham “povoações”, os militares são “proximidade e apoio, sobretudo aos mais vulneráveis”.

“Como afirmam os automobilistas, os profissionais do volante e demais passageiros, a GNR é a garantia da segurança e os Militares da Guarda são os guardiões das viagens bem-sucedidas; como confirmam os que vivem do mar, o trabalho costeiro da GNR não só é de excelência como ainda possui uma elevada qualidade ecológica, garantia de futuro; como descobre quem recebe Honras de Estado, a GNR é o próprio rosto da Nação, uma nação adulta, amadurecida na solidez dos mais elevados padrões éticos e culturais e, por isso, com pergaminhos firmados na legitimidade de ser consciência moral, se não para o mundo pelo menos para si próprio; e o espírito da encíclica papal «Laudato Sí», verdadeiro catecismo da ecologia integral atual, encarna-se, todos os dias, na ação, competência e dedicação dos Profissionais da Guarda ao protegerem a natureza, ao perseveram o ambiente, ao defenderem a floresta, ao combaterem os incêndios….”, recordou.

O responsável quis ainda lembrar a importância dos “valores éticos” na construção social e enalteceu a “aliança entre a verdade e a liberdade”, “essência da GNR”.

“Contra os mundos sinistros, do mal e da corrupção, nenhum combate se revela tão eficaz quanto a afirmação e realização da verdade; transportar, para o contexto da luz, tudo aquilo que medra e se desenrola no oculto, destrona, por si mesmo, a força do crime, da delinquência e da ilegalidade”, valorizou.

D. Rui Valério alertou ainda para o surgimento de “fenómenos tanto culturais, quanto sociais”, que apresentam a sua gravidade porque pretendem “confinar o ser humano aos trágicos redutos da ficção, e que são altamente perigosos para a própria civilização”.

O bispo das FAS sublinhou que a “dedicação à verdade” é um alicerce da liberdade, recordando, “três dias depois dos 48 anos da Revolução do 25 de abril”, o “cultivo do sentido da verdade”, desenvolvido pela GNR: “Da verdade em relação a cada pessoa, a cada ocorrência, a cada facto que sucedido no país, em cada ângulo… porque só quem se predispõe, como faz a GNR, a servir a «lei e a grei», pode pautar a sua ação pelos padrões da verdade e liberdade”.

LS

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