Forças Armadas: Toque do clarim a uma distância de sete metros entre as orientações para as celebrações comunitárias das Missas em ambiente militar

Bispo do Ordinariato Castrense enviou «recomendações» aos capelães militares de todas as Unidades «tendo como referência as orientações da CEP, adaptadas à realidade castrense»

Agência Ecclesia/MC

Lisboa, 29 mai 2020 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança enviou aos capelães militares algumas recomendações para o regresso das celebrações comunitárias, “tendo como referência a orientações da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), adaptadas à realidade castrense”.

“Ao mesmo tempo que damos graças a Deus por ter chegado a hora de nos reencontrarmos nas celebrações comunitárias da fé, convido cada um a tudo fazer para recomeçar a sua vivência presencial naquela que é a mais determinante e suprema ação de amor de Cristo por nós que se realiza sacramentalmente na dádiva da sua vida e na entrega do seu corpo e sangue para nossa salvação. Eis a beleza da Eucaristia”, escreveu D. Rui Valério aos capelães, numa nota enviada à Agência ECCLESIA.

O bispo da Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança deixa indicações para a preparação, para o decorrer da celebração eucarística e para o final da missa.

“Os Militares que participam na Honra-do-Altar devem respeitar o distanciamento recomendado. Mantém-se o toque do clarim de homenagem aos militares mortos, no entanto, terá de ter um distanciamento de sete metros em relação à pessoa mais próxima”, escreve.

D. Rui Valério pede aos fiéis que se sinta doentes “para não irem à missa”, podendo “receber a comunhão em suas casas recorrendo ao serviço dos ministros extraordinários da Comunhão” e convida as pessoas que integram grupos de risco que frequentem a missa durante a semana, “quando há menos gente”.

Pede-se que sejam criadas equipas de acolhimento em cada Unidade para “ajudar no cumprimentos das normas”, que as portas das igrejas estejam “abertas durante a celebração” e que se distingam as “entradas e as saídas”, com “percursos sinalizados de sentido único de modo a evitar que as pessoas se cruzem”.

Os fieis devem “higienizar as mãos à entrada da igreja”, usar “obrigatoriamente máscara, que só será retirada no momento da receção da Comunhão eucarística”.

A distância mínima deve ser respeitada, “de modo que cada pessoa disponha, só para si, de um espaço mínimo de 4m2”, devendo para isso “barrar o acesso a alguns bancos ou alternando as filas, afastando cadeiras; marcando os lugares com cores ou outra sinalética”.

Durante a celebração da missa os leitores e cantores deverão desinfetar as mãos “antes e depois de tocarem no ambão ou nos livros”.

“O sacerdote e o diácono, se estiver presente, desinfetarão as mãos antes da apresentação dos dons. Apenas o sacerdote e o diácono, não os acólitos, pegam nas oferendas e nos vasos sagrados”, sublinha, indicando ainda que o cálice e a patena “deverão estar cobertos com a respetiva pala, apenas se destapando no momento em que o sacerdote celebrante os toma nas suas mãos para a consagração; as píxides devem manter-se fechadas com a respetiva tampa”.

Durante a procissão para a comunhão, “os fiéis devem respeitar o distanciamento aconselhado, e as distâncias poderão ser marcadas no pavimento da igreja”, e os ministros da comunhão, durante a sua distribuição, “deverão usar máscara”.

No fim da celebração, “os fiéis deixam a igreja segundo o modo tradicional que vigora nas Forças Armadas e nas Forças de Segurança, isto é, respeitando-se o posto hierárquico na ordem de saída e as regras de distanciamento”, indica D. Rui Valério.

“Após a Missa, proceda-se ao arejamento da igreja durante pelo menos 30 minutos e os pontos de contacto (vasos sagrados, livros litúrgicos, objetos, bancos, puxadores e maçanetas das portas, instalações sanitárias) devem ser cuidadosamente desinfetados”, finaliza.

LS

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Agência ECCLESIA

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