Figuras da Igreja marcam plano trienal do CNE

João Paulo II, Madre Teresa de Calcutá e São Paulo serão modelos na educação das crianças e jovens escuteiros Escuteiros cheios de vivência espiritual e testemunho da missão evangelizadora é a meta traçada pelo Chefe Nacional do Corpo Nacional de Escutas, Carlos Alberto Pereira, para o final do triénio 2008-2010. Reunidos em Conselho Nacional Plenário, os dirigentes das secções e agrupamentos espalhados pelo país vão, este fim de semana, preparar o plano de acção para os próximos três anos de actividades do CNE. O próximo triénio do CNE vai ser marcado, em especial, por três figuras da vida da igreja. O ano Paulino não vai passar ao lado do CNE. Como movimento de igreja que é, “vamos valorizar esta figura enquanto caminhante”, explica Carlos Alberto Pereira à Agência ECCLESIA. A conversão e o crescimento serão temas a abordar a partir de São Paulo. Os valores terão também destaque na programação trienal do CNE, nomeadamente através do testemunho do Beato Nuno de Santa Maria. “Queremos reflectir sobre os valores do mundo em contraposição com os valores do Reino”, aponta o Chefe Nacional. A caridade, através do exemplo de Madre Teresa de Calcutá, será outra referência. Carlos Alberto Pereira sublinha que esta nova “roupagem” não irá substituir o método anterior “que continua a ter força”. Estes novos modelos serão introduzidos nas secções. Seguir os exemplos de figuras importantes da vida da igreja são um “novo enriquecimento”, para que as crianças sintam que quando “falamos de um exemplo, este é um modelo actual, do tempo de hoje”, aponta. O Chefe Nacional destaca a importância de se basearem no concreto da vida e “não termos de recorrer ao abstracto dos primeiros cristãos, que apesar de serem um forte exemplo, estão longe”. Tanto as figuras de Madre Teresa de Calcutá, de João Paulo II e também dos Pastorinhos de Fátima, são exemplos e modelos que “jovens e crianças conhecem e aderem”. O CNE comemora 100 anos de existência de um método educativo lançado por Baden Powell. No final do triénio, quando o CNE celebrar 103 anos, Carlos Alberto Perteira aponta que será importante reflectir se “soubemos ser fiel à missão evangelizadora e se os jovens são testemunho do que aprendem, quando estão no CNE e depois quando saem”. A vivência testemunhal é imprescindível para o Chefe Nacional. “O compromisso de viver e dar testemunho de um ideal deve marcar tanto o CNE como todos os movimentos de Igreja”. Carlos Alberto Pereira explica que o CNE vive nas bases, junto das crianças e dos jovens. “Registamos uma grande adesão em quantidade, mas também em qualidade”, aponta. “Os jovens vão descobrindo Cristo pelo que fazem no seu dia-a-dia, sem grandes discursos ou reflexões teológicas”, explica, evidenciando a simplicidade do método. À medida que as crianças e os jovens crescem o seu empenho é cada vez maior. “A vontade de servir os outros sem esperar recompensa está muito presente no método experimentado pelas crianças e pelos jovens”. Se à vontade social “que todos os jovens têm, juntarmos a ideal do Evangelho, pode fazer-se um grande trabalho”, exprime o Chefe Nacional. No Conselho Nacional Plenário, que reúne de três em três anos, têm assento todos os dirigentes dos agrupamentos, num total de cerca de 10 mil pessoas. José Ferreira Rodrigues, Presidente da Mesa dos Conselhos Nacionais, explica à Agência Ecclesia que o Conselho que decorre este fim de semana, conta com a maior participação dos últimos cinco. Os encargos financeiros e a disponibilidade são impedimento para uma maior representação. De qualquer forma o Presidente da Mesa assume que seria “inviável” a preparação de reuniões com uma total participação de dirigentes que existem a nível nacional. “O mais importante é perceber a participação de dirigentes novos”, aponta José Ferreira Rodrigues, que indica que cerca de 50% do plenário é constituído por dirigentes com menos de 35 anos.

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