Férias para pessoas com deficiência é alerta social

Esta quinta-feira começa a última semana de férias para famílias com filhos portadores de deficiência deste ano mas iniciativa repete-se em 2014

Fátima, Santarém 28 ago 2013 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima fez hoje uma avaliação positiva dos períodos de férias para pais de pessoas com deficiência, e alerta para a necessidade que estes cidadãos têm de “carinho, atenção e integração na sociedade”.

“Os deficientes profundos são pessoas com direitos e necessidades que é preciso atender”, revelou, esta segunda-feira, o padre Manuel Antunes, assistente nacional do Movimento Mensagem de Fátima que organiza as quatro semanas de férias.

À Agência ECCLESIA, o sacerdote, a quem os pais se queixam da falta de atenção a que os filhos são sujeitos, explicou que as pessoas portadores de deficiência “devem ser acolhidas como qualquer outra e não devem ser estranhos numa comunidade paroquial” onde participam mas sem um acolhimento.

A avaliação que os responsáveis fazem desta iniciativa é “positiva”, e, confirma o padre Manuel Antunes, em 2014 nova edição volta a acontecer com “quatro turnos que o Santuário pode sustentar”.

As famílias são acolhidas no Centro de Espiritualidade Francisco e Jacinta Marto, em Montelo, Fátima, mas o programa é variado e preparado para as necessidades dos pais e dos filhos que visitam o Santuário de Fátima, os Valinhos e a praia fluvial.

Depois de um primeiro dia, é curioso como “participam, se integram, se ajudam e mostram aos outros o que vão fazendo”, conta o responsável.

As atividades compreendem uma parte humana e espiritual onde se pretende que a pessoa com deficiência “se conheça”, estando disponível o sacramento da reconciliação onde os participantes são “atendidos consoante o seu estado e ficam felizes”, assinala o padre Manuel Antunes.

O acompanhamento estende-se aos pais, insistindo na “missão social e espiritual positiva para a sociedade e para a Igreja”, que estes desenvolvem.

A prioridade na participação é dada às famílias que nunca participaram nestas férias e cujos filhos não estejam institucionalizados.

A maioria dos pais não passam esta semana de férias longe dos filhos porque “têm um amor tão grande que o coração vai atrás deles quando saem de casa”, revela o sacerdote.

No final de cada turno, a avaliação revela “a alegria” destas famílias sendo estes os principais promotores desta iniciativa através do testemunho e da partilha.

No primeiro turno que decorreu entre 1 e 7 de agosto, participaram 23 pessoas com deficiência, entre os 7 e os 21 anos acompanhados de 10 casais; no segundo turno, entre 10 e 16 de agosto, para pessoas com deficiência com mais de 21 anos, foram em igual número; o terceiro turno, que terminou esta segunda-feira, estiveram 23 pessoas com deficiência e 12 casais.

Os participantes provêm de diferentes regiões do país desde “Bragança, a Vila Real ou Beja”.

A última semana começa esta quinta-feira, dia 29 de agosto e termina a 4 de setembro.

Os 21 voluntários presentes nos três turnos realizados, “sentem-se felizes por dar o seu contributo e desejam voltar”, informa o sacerdote.

CB/LS

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