Felgueiras: «Melhor prenda ao senhor D. João é devolvermos ao culto esta igreja requalificada»

D. António Francisco dos Santos na dedicação da igreja de Vila Verde e homenagem ao bispo auxiliar emérito

Felgueiras, 14 ago 2017 (Ecclesia) – O bispo do Porto presidiu à dedicação da Igreja românica de São Mamede de Vila Verde, em Felgueiras, no mesmo dia que o município homenageou o bispo auxiliar emérito, D. João Miranda.

“Queremos celebrar com fé, alegria e profunda gratidão este dia e sabemos que a melhor prenda que damos ao senhor D. João e à sua comunidade de origem, de fé e de afeto é devolvermos ao culto esta igreja requalificada”, disse D. António Francisco dos Santos, na dedicação da igreja de Vila Verde e homenagem ao bispo auxiliar emérito do Porto, este sábado, 12 de agosto.

Na homilia, enviada hoje à Agência ECCLESIA, o prelado assinalou que a “alegria” de D. João Miranda Teixeira, era “o júbilo” de toda a Igreja do Porto.

“Imploro de Deus bênção e saúde para continuar a servir com igual dedicação esta Igreja, onde teve o seu berço e Deus lhe confiou o horizonte de missão”, acrescentou, felicitando “pela justa e merecida homenagem”.

D. João Miranda Teixeira nasceu a 1 de dezembro de 1935 em Vila Verde, Felgueiras; Foi ordenado padre em 1960 e bispo em maio de 1983, desempenhando a missão de auxiliar na Diocese do Porto durante mais de 28 anos.

No sábado, o bispo auxiliar emérito do Porto foi distinguido pela Câmara Municipal de Felgueiras com a Medalha de Mérito Municipal, Grau Ouro, e com o título de cidadão honorário numa cerimónia em Vila Verde, a sua terra natal.

“A sua vida, ancorada na autenticidade, moldada pela simplicidade e trabalhada pela generosidade é um exemplo e uma bênção para todos nós. Agradeço-lhe a amizade e a comunhão, sempre testemunhadas, que fazem de si um irmão dedicado e um cireneu constante”, desenvolveu o bispo do Porto.

No início da homilia, D. António Francisco dos Santos convidou os presentes a exultar de “alegria no Senhor” por estarem a celebrar a Eucaristia na igreja de S. Mamede de Vila Verde como tantas vezes o fizeram os antepassados, desde 1220, a primeira data conhecida.

“A Igreja, feita de pedras vivas que é a comunidade dos crentes, reúne-se e congrega-se nos templos como este que agora inauguramos. Templos belos e dignos, como o exige o louvor de Deus e merece a presença da comunidade dos cristãos”, assinalou.

O bispo do Porto explicou que “não basta haver templo e altar para que haja Eucaristia” porque são necessários sacerdotes, e, neste contexto, teve “acrescido sentido” a bênção do templo renovado e a homenagem a D. João Miranda Teixeira.

D. António Francisco dos Santos realçou que a “soleira da porta de entrada” da igreja românica de São Mamede de Vila Verde “feita de granito sólido, já gasto”, tem “as marcas dos pés e os traços impressos” pelos exemplares testemunhos de vida dos sacerdotes e dos leigos cristãos que ali entraram e rezaram.

“Também estes sinais fazem, hoje, ainda mais sagrado este templo”, observou.

O bispo do Porto convidou a assembleia a trabalharem para edificar “agora em cada dia que passa” o templo de pedras vidas que “é a Igreja de Jesus nesta acolhedora terra de Vila Verde”.

D. António Francisco dos Santos destacou também que o restauro da igreja românica “não seria possível” sem a determinação conjunta e a colaboração concertada da Diocese, da câmara municipal local e da Rota do Românico do Vale do Sousa e da Comunidade de Vila Verde.

CB

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