FEC: «Não podemos ser paraquedistas que fazem o trabalho e vão embora porque o impacto que fica é zero» – Manuel Ferreira Martins (c/vídeo)

Novo diretor executivo da Fundação Fé e Cooperação defende o trabalho com as autoridades locais nos países onde desenvolvem os projetos

Lisboa, 07 set 2021 (Ecclesia) – Manuel Ferreira Martins, novo diretor executivo da Fundação Fé e Cooperação (FEC), afirma que a “organização tem vindo a crescer nos últimos dez anos” e defende que não podem ser “paraquedistas que chegam, fazem o trabalho e não causam impacto”.

“A FEC ao longo dos últimos tempos tem vindo a crescer muito. O volume anual de projetos que se multiplicou por dez nos últimos dez anos. É um valor muito grande e eu acho que se calhar agora temos de pensar onde vamos. Acho que se calhar temos de parar: vamos chegar ao fim de um ciclo na FEC, em que o plano estratégico 2017/2021 está acabar e no final deste ano vamos ter que fazer uma reflexão para onde é que vamos, na certeza que vamos em equipa”, afirmou Manuel Ferreira Martins no programa ECCLESIA na RTP 2, nesta terça-feira.

O novo diretor executivo da Fundação Fé e Cooperação (FEC) assumiu o cargo em fevereiro passado, depois de 16 anos a viver fora de Portugal, em “países como Arábia Saudita depois Egito, Angola, África do Sul e finalmente em Moçambique”.

Para a FEC traz a experiência de “12 anos em gestão de organizações internacionais de desenvolvimento” e assume que é fundamental o trabalho com as autoridades locais.

“Acho que é fundamental, em primeiro lugar, trabalhar nos países com os autoridades locais. Nós não podemos ser, como eu costumo dizer, paraquedistas que vimos do céu, aterramos, fazemos o trabalho e vamos embora. Se fizermos isso, o impacto que fica é zero! Portanto temos de trabalhar com autoridades locais, temos de trabalhar com parceiros locais e só assim conseguimos ter resultados”, explica.

Manuel Ferreira Martins designa que a continuidade dos projetos é um “dos segredos da sustentabilidade”, não só no âmbito ambiental mas também económico.

“Eu acho que é fundamental falarmos na sustentabilidade dos processos, de maneira a que os projetos acabam e eles continuam; é fundamental falarmos na sustentabilidade económica quando apoiamos agentes económicos locais para que eles tenham capacidade de continuarem depois de nós sairmos”, aponta.

O responsável destacou o trabalho da FEC, com 15 colaboradores no escritório de base na Quinta do Bom Pastor, em Lisboa, e com a maioria dos colaboradores fora, o que traz um grande desafio de “estreita colaboração” e grande responsabilidade. 

SN

 

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