Fátima e Bento XVI, um ano depois

Reitor do Santuário, futuro bispo de Coimbra, fala numa visita «marcante»

Fátima, Santarém, 12 mai 2011 (Ecclesia) – O reitor cessante do Santuário de Fátima, Virgílio Antunes, considera que a visita de Bento XVI, há um ano, foi um marco para o local e para todos os católicos portugueses.

“O dia 13 de maio de 2010 foi um dia marcante para a vida do Santuário de Fátima, como foi para a vida da Igreja em Portugal”, indica Virgílio Antunes, em declarações ao Programa ECCLESIA.

O futuro bispo de Coimbra afirma que o Papa alemão saiu de Fátima mais “fortalecido, mais seguro do trabalho que estava a fazer”.

Na história do próprio Santuário, acrescenta, há “um antes e um depois” em relação à visita papal, principalmente pelo impacto junto de “uma parte do mundo e da Igreja que tem alguma dificuldade em aceitar este tipo de manifestações religiosas, este tipo de vivência da fé”.

O Papa, diz Virgílio Antunes, ajudou à “consolidação e afirmação da mensagem de Fátima, não só como uma profecia acerca de um conjunto de acontecimentos, mas inclusivamente como um meio, uma forma de as pessoas poderem viver a sua vida cristã”.

Entre 11 e 14 de maio do ano passado, Bento XVI esteve em Lisboa, Fátima e Porto, celebrando três missas e pronunciando sete discursos, além das três homilias, uma saudação ao Santuário de Cristo Rei e duas mensagens aos jovens.

[[v,d,2089,]]Para Virgílio Antunes, enquanto reitor do Santuário de Fátima, esta passagem ficou marcada pela “alegria” e o “interesse” demonstrados pelo Papa, que terá ficado “surpreendido” pelo ambiente que o rodeou entre os dias 12 e 13 de maio.

“Ele [Bento XVI] conhecia a mensagem de Fátima, do ponto de vista teológico, mas outra coisa é estar em Fátima enquanto Papa. Penso que ele foi surpreendidíssimo pela multidão, pelo entusiasmo, pela fé, como aliás acabou por referir, mais do que uma vez”, refere o responsável.

Seria o mesmo Bento XVI a nomear Virgílio Antunes como bispo de Coimbra, no último dia 28 de abril, interrompendo um mandato que tinha começado em 2008, no Santuário de Fátima e que agora se centrava na celebração do “centenário das aparições”, ciclo de comemorações que se prolonga até 2017.

“Sinto-me feliz, porque é um trabalho feito em grupo, em comissões, não é um trabalho que dependa de uma pessoa”, indica o reitor cessante, falando numa “continuidade natural” neste campo.

Em relação a obras em curso, o reitor cessante admite conversas com o arquiteto Alexandros Tombazis, autor da igreja da Santíssima Trindade, para a execução de um “novo altar” no recinto, em substituição do que ali se encontra desde 1982, procurando uma estrutura “mais discreta” e mais “moderna”.

Por outro lado, Virgílio Antunes diz ainda querer assinar “o contrato” para a adjudicação das obras de construção do túnel rodoviário entre o Centro Paulo VI e a igreja da Santíssima Trindade, até ao dia 11 de junho, quando toma posse o novo reitor, padre Carlos Cabecinhas.

A entrevista ao futuro bispo português pode ser vista esta sexta-feira, na RTP 2, a partir das 18:00.

PTE/OC

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