Cardeal de Leiria – Fátima saudou peregrinos que regressaram ao Santuário para «uma bela peregrinação» dedicada a todos os migrantes
Fátima, 13 ago 2020 (Ecclesia): D. António Marto pediu hoje aos peregrinos reunidos na esplanada do santuário de Fátima para não deixarem de “rezar pela paz” e lembrou o povo libanês, ainda “os doentes, falecidos e idosos sozinhos” por causa da pandemia do Covid-19.
“Não deixeis de rezar pela paz no mundo. Ao falar da paz quero lembrar o querido povo, hoje tão martirizado pela guerra, o povo do Líbano, martirizado pela guerra e pela catástrofe que matou e deixou muitas pessoas sem casa. Façamos um momento de silêncio e oração por este povo”, pediu o cardeal de Leiria – Fátima, dirigindo-se aos peregrinos no final da Eucaristia que encerra a peregrinação de agosto ao Santuário de Fátima.
O responsável quis ainda lembrar os doentes de covid-19, “os que faleceram”, também os idosos que “residem nos lares ou nas suas casas sofrem solidão”: “Para eles uma saudação afetuosa”.
Na saudação o bispo de Leiria – Fátima recordou os bombeiros, “soldados da paz”, que “têm andado nas linhas da frente a apagar os incêndios”: “Quero lembrar os que ficaram feridos, os que faleceram, um da minha diocese, aos pais a quem endereço as minhas condolências, e a vítimas dos incêndios. Que Deus dê fortaleza de alma para seguir em frente”, manifestou.
D. António Marto afirmou ser “sempre bela” a peregrinação de agosto ao santuário, “mesmo sem a multidão dos anos anteriores”.
“Mas é sempre bela, sobretudo pela característica particular de ser dedicada a todos os migrantes, a todos irmãos e irmãs portugueses que trabalham no estrangeiro e passam férias em Portugal ou estrangeiros que trabalham em Portugal e que hoje representam vários povos, culturas e raças e todos se sentem irmanados na mesa fé e amor, formando uma só família, para além de todas as diferenças”, referiu.
O cardeal de Leiria – Fátima afirmou no seu desejo de estar “fisicamente próximo de cada um”, “poder apertar a mão, dirigir uma palavra pessoal e escutar” a história de cada um; nessa impossibilidade “abraço espiritualmente com o meu coração de pastor onde todos tem lugar”.
“Como bons filhos quisestes vir à casa da mãe, visitá-la para juntamente com ela e em união íntima com o seu coração materno e imaculado revigorar a alegria e a força da fé, reforçar os laços das solidariedade e da partilha fraterna, fortalecer a vossa esperança num futuro de vida melhor, com mais luz, mais confiança, com mais esperança. E sair daqui enriquecidos espiritualmente e afetivamente”, sublinhou.
Lembrando as palavras do presidente da celebração, D. José Traquina, O cardeal de Leiria – Fátima pediu aos peregrinos para levarem consigo o eco de uma frase do Papa Francisco: “«Se não cuidarmos uns dos outros não cuidaremos do nosso mundo enfermo». Gostava que levásseis esta frase no vosso coração”, manifestou.
Aos peregrinos mais pequenos e aos jovens indicou serem “a alegria” da festa do santuário de Fátima, ao trazerem “graciosidade” à peregrinação.
“Quero agradecer o vosso testemunho alegre e amor a Jesus. Daqui de cima envio uma saudação cheia de carinho e afeto, estima a cada um de vós”, afirmou.
D. António Marto terminou as suas palavras saudando os grupos de peregrinos estrangeiros que “perderam o medo de vir a Fátima”, dirigindo-se em espanhol para saudar os grupos espanhóis e venezuelanos, e acolheu ainda os peregrinos alemãs, italianos e polacos.
LS