Fátima: «Clamores» dos que sofrem as consequências da pandemia evocados na Procissão das Velas

«As mãos que se erguem em oração confiante devem ser também mãos que se estendem na caridade para com o próximo mais sofredor», afirmou o arcebispo de São Salvador da Bahia, que preside à peregrinação de 12 e 13 de outubro

Foto: Lusa

Fátima, 12 out 2021 (Ecclesia) – O arcebispo de São Salvador da Bahia afirmou hoje na homilia da celebração da vigília de 12 de outubro, em Fátima, que o tempo atual é de “provação” e evocou os “clamores” dos que mais sofrem as consequências da pandemia.

“Nós entregamos, com confiança, à Mãe de Jesus e nossa Mãe, os clamores de tantos irmãos e irmãs que sofrem as consequências da pandemia, especialmente, os enfermos, os pobres e as família enlutadas”, afirmou o cardeal D. Sérgio da Rocha.

Para o arcebispo de São Salvador da Bahia o ambiente de peregrinação no Santuário de Fátima traz “esperança e paz” num “tempo tão difícil da pandemia” com “tantos desafios para cada um”, para as famílias e as comunidade.

“Estamos muito unidos, em oração, aos irmãos e irmãs que mais sofrem e buscam refúgio e proteção no coração materno de Nossa Senhora”, afirmou.

“Neste tempo de provação, nós levantamos o olhar confiante para a Senhora de Fátima; recorremos à sua intercessão para suplicar a Jesus por nós e pelos que mais sofrem, a fim de alcançarmos a força espiritual, a esperança e a paz.

D. Sérgio da Rocha afirmou que “a esperança e a força para continuar a caminhar sem desanimar” vem da Palavra de Deus, disse que os peregrinos de Fátima estão a “refazer a experiência dos Pastorinhos” e encontram Santuário “a força para superar as contrariedades e sofrimentos”.

“Com Maria e como Maria, somos convidados a dizer, a cada dia, ‘faça-se em mim, segundo a tua palavra’. Este é o caminho para encontrar força, esperança e alegria no Senhor”, afirmou.

O arcebispo de São Salvador da Bahia disse também que “peregrinar é dom, é graça, mas também é compromisso, oportunidade singular para dar passos de conversão e vida nova”.

“Peregrinar exige passos na caminhada, com o coração voltado para o Senhor e o olhar confiante em Nossa Senhora, atentos aos irmãos que caminham connosco, ao próximo que deve ser reconhecido e amado como irmão. Nós somos chamados a caminhar unidos, com a Igreja e como Igreja”, indicou.

Na homilia da vigília, na noite de 12 de outubro, D. Sérgio da Rocha alertou para a necessidade de “dar uma atenção especial a quem não consegue caminhar porque se encontra fragilizado, sofredor”, apelando à necessidade de estender as mãos “para os que mais sofrem”.

“As mãos que se erguem em oração confiante devem ser também mãos que se estendem na caridade para com o próximo mais sofredor”, sublinhou.

O arcebispo de São Salvador da Bahia e primaz do Brasil, cardeal Sérgio da Rocha, preside às celebrações da Peregrinação Internacional Aniversária de Outubro, em Fátima, sem limites de lotação, pela primeira vez desde o início da pandemia.

De acordo com as informações do Santuário de Fátima, inscreveram-se para participar na peregrinação de 12 e 13 de outubro 48 grupos e peregrinos, a maioria da Europa (nomeadamente de Portugal, com 19 grupos inscritos) e do continente americano.

PR

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Agência ECCLESIA

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