Fátima: Casa das Candeias enriquece culturalmente «a cidade, o santuário e a diocese»

Bispo de Leiria-Fátima marcou presença na inauguração do núcleo museológico dedicado aos beatos Francisco e Jacinta

Fátima, Santarém, 08 abr 2014 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, considera que o novo núcleo museológico ‘Casa das Candeias’, destinado a evocar a vida e a espiritualidade dos beatos Francisco e Jacinta, “enriquece a cidade, o santuário e a própria diocese”.

“É um enriquecimento para a cidade de Fátima, para o santuário, para a Diocese de Leiria-Fátima e penso que também para os peregrinos que querem fazer um percurso interior pela vida e pelos testemunhos dos pastorinhos”, disse D. António Marto em declarações à Agência ECCLESIA.

O novo núcleo museológico, inaugurado na sexta-feira, foi desenvolvido pela Fundação Francisco e Jacinta e para o bispo de Leiria-Fátima trata-se de “mais um estímulo para que a causa da canonização dos dois pastorinhos avance”.

“Tenho uma esperança meramente íntima que isso aconteça em 2017, no centenário das aparições”, confidenciou.

“Os pastorinhos mereciam este espaço remodelado, com uma tónica contemporânea, não é só um museu é uma casa onde se pode venerar e contemplar o que destas duas candeias vai emanar”, revelou à Agência ECCLESIA a irmã Ângela Coelho, postuladora da causa de canonização de Francisco e Jacinta Marto.

A escolha do nome ‘Casa das Candeias’ deve-se ao facto de se querer “que a casa passe uma mensagem de intimidade, é o local em que nasceram e viveram os dois pastorinhos e candeias porque os pastorinhos chamavam ao sol ‘a candeia de Nosso Senhor’ e à lua ‘a candeia de Nossa Senhora’ além de que o Papa João Paulo II quando os beatifica se refere a eles como ‘duas candeias que Nosso Senhor acendeu para iluminar a humanidade nas horas sombrias’”, explica a religiosa.

 A Casa das Candeias tem entrada livre e está aberta diariamente, das 09h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, ali podem ser encontradas “peças do espólio de Maria Amélia Carvalheira da Silva e do espólio do Santuário de Fátima e da causa dos videntes”, informou a irmã Ângela Coelho.

“Há também uma série de elementos neste museu que foram doados pelo Papa João Paulo II, como por exemplo a cruz peitoral, o solidéu assinado por ele, uns sapatos, um lenço, um rosário e até um pedaço de um ramo de oliveira que este Papa ergueu no último Domingo de Ramos que ele viveu”, revelou à Agência ECCLESIA, Marco Daniel Duarte, diretor do museu e do serviço de Estudos e Difusão (SESDI) do Santuário de Fátima.

De acordo com o testemunho, reconhecido pela Igreja Católica, das três crianças conhecidas como Pastorinhos de Fátima (a irmã Lúcia e os beatos Francisco e Jacinta), ocorreram seis aparições da Virgem Maria na Cova da Iria e imediações, uma a cada mês, entre maio e outubro de 1917.

Jacinta e Francisco morreram com 9 e 10 anos, respetivamente, e foram beatificados pelo Papa João Paulo II no ano 2000; a terceira vidente, Lúcia de Jesus (1907-2005), encontra-se em processo de beatificação.

LS/OC/MD

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