Fátima: Bispo de Beja consagrou diocese a Nossa Senhora

Comunidade católica alentejana prepara-se para assinalar no próximo ano o 250.º aniversário da sua restauração

Foto: Diocese de Beja

Fátima, 01 jul 2019 (Ecclesia) – O bispo de Beja consagrou a diocese alentejana a Nossa Senhora, durante a peregrinação daquela comunidade católica ao Santuário de Fátima que decorreu este sábado e domingo, subordinada ao tema “Com Maria adoramos o Pai, o Filho e o Espírito Santo”.

Na oração de consagração, no dia 29 de junho, D. João Marcos recordou “de modo especial” todas as “famílias” da região, “as crianças, os jovens, os idosos, os doentes, os imigrantes e deslocados das suas terras”, e também todos os “bispos, sacerdotes, diáconos e seminaristas” diocesanos.

“Virgem Maria, Mãe de Jesus, Mãe da Igreja e nossa Mãe Santíssima, em vossas mãos colocamos, cheios de confiança, a conclusão deste Ano Pastoral na nossa diocese. Conhecemos as nossas limitações e a nossa debilidade e entrevemos as dificuldades e a grandeza do trabalho a realizar para que nos tornemos realmente comunidades vivas e evangelizadoras, solidamente enraizadas na fé, dinamizadas pela esperança”, enunciou aquele responsável católico.

Recorde-se que a Diocese de Beja prepara-se para assinalar no próximo ano o seu 250.º aniversário de restauração.

Durante a celebração eucarística de domingo, em Fátima, o bispo de Beja como que traçou o caminho para o futuro, recordando que a vida cristã implica uma entrega total e inegociável a Deus, a exemplo dos Pastorinhos.

Na homilia da Missa, divulgada pelo gabinete de comunicação do Santuário de Fátima, D. João Marcos realçou que para aquilo que a missão cristã exige “não basta o entusiasmo do momento” nem tão pouco apenas “bons desejos”.

“Quando Jesus nos chama para O seguirmos, para vivermos segundo a vontade do Pai, não sobra espaço para negociar seja o que for: é pegar ou largar. Quem se propõe segui-Lo, levado por entusiasmos e boa vontade , esses serão os primeiros a abandoná-Lo nos momentos difíceis””, salientou aquele responsável católico.

Foto: Diocese de Beja

O bispo de Beja lembrou depois a atitude dos Pastorinhos de Fátima, que após presenciarem as aparições de Nossa Senhora foram confrontados com vários desafios mas nunca desistiram daquilo que Maria lhes tinha pedido.

Jacinta, Lúcia e Francisco souberam resistir “aos confrontos com a família e com as autoridades para corresponderem à vontade e ao amor de Deus”, lembrou D. João Marcos, que alertou para o “perigo” de hoje se viver uma “escravatura efetiva que, sob a roupagem do amor, não nos deixa livres para amarmos a Deus”.

“O seguimento de Jesus não é para nos enchermos a nós mesmos, exige o esvaziamento de nós próprios e dos nossos projetos. Só assim seremos totalmente livres”, acrescentou.

D. João Marcos questionou ainda os participantes sobre “o verdadeiro sentido da peregrinação”, dirigindo-se de forma especial aos membros da Diocese de Beja.

“Porque viemos hoje a Fátima, porque nos sentimos bem aqui, sentimos paz e recuperamos forças ou para seguirmos Jesus? interpelou.

A Eucaristia em Fátima contou com a presença de uma candeia com a Luz de Belém, trazida para o Santuário por um grupo de Caminheiros do Corpo Nacional de Escutas.

Estes jovens estiveram na Cova da Iria por ocasião de uma iniciativa intitulada ‘Raide 100”, destinada a assinalar os 100 anos daquela secção específica do CNE, que integra escuteiros entre os 18 e os 22 anos.

JCP

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