Fátima 2017: Vigilantes-sacristães, os rostos do acolhimento ao peregrino

Preocupação com o clima de oração e de silêncio no Santuário é uma constante

Fátima, 02 mai 2017 (Ecclesia) – O acolhimento dos peregrinos no Santuário de Fátima conta com a presença dos vigilantes-sacristães, que se distinguem pela atenção ao que se passa no recinto de oração.

André Silva é o responsável por este corpo de vigilantes, uma função a que chegou de a crise económica o ter levado a troca os orçamentos na área da construção civil pelo fato escuro.

“A oportunidade de um concurso e a proximidade que eu já tinha com o Santuário pelo facto de ter sido acólito na minha paróquia, levou a que fosse sinalizado para esta tarefa e mais tarde, o Santuário deu-me a oportunidade de chefiar este grupo de homens para acolher os peregrinos”, refere, em declarações transmitidas hoje pelo Programa ECCLESIA (RTP2).

Há que lhes chame guardas, uma denominação incorreta, e são eles que pedem para desligar o telemóvel, para falar mais baixo, tudo o que possa pôr em causa o clima de oração e de silêncio no Santuário de Fátima.

“Fazemos uma vigilância no sentido do acolhimento ao peregrino, e também toda aquela vertente de serviço ao altar e preparação de todas as celebrações”, explica André Silva.

Posicionados nos principais lugares de oração, os vigilantes-sacristães estão atentos às necessidades dos peregrinos e ao que possa pôr em causa a experiência de fé que buscam neste lugar.

O olhar do vigilante do Santuário está muito atento a tudo o que não está em sintonia com o lugar e em cada momento tem de entender o tipo de peregrino que tem diante de si.

“Temos de perceber se a pessoa está como peregrino, ou simplesmente como visitante para que possamos enquadrar a sua presença. É nesta sensibilidade que por vezes fazemos as nossas advertências ou pequenas correções”, assinala o responsável.

André Silva diz que todas as chamadas de atenção têm como finalidade garantir o ambiente de oração que se pretende neste lugar, mas nem sempre as reações são as mesmas.

“Há de todos os tipos e estão relacionadas com o que move a pessoa a vir ao Santuário. Há quem venha só de visita, quem vem para rezar… e consoante isso, assim reagem às nossas advertências”, precisa.

Todos os dias, os vigilantes percorrem quilómetros pelo recinto de oração, Fátima e o fenómeno de fé que representa, fazem parte do seu dia a dia e da sua profissão, mas isso não se transformou, para André Silva, numa rotina.

“Esta já era para mim uma realidade familiar ainda antes de aqui trabalhar, mas agora ao estar aqui todos os dias, fez-me perceber a dimensão e a grandiosidade deste espaço para milhões de peregrinos que nos visitam. Trabalhar aqui aumentou muito a minha noção do que é realmente Fátima no mundo”, conclui.

HM/OC

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