Fátima 2017: 100 anos de histórias especiais como a do casal José e Alice

Mulher doou rim ao marido e estão no Santuário para «agradecer à Nossa Senhora que correu tudo bem»

Fátima, 11 mai 2017 (Ecclesia) – O Centenário das Aparições de Fátima é feito com muitas histórias especiais, como a dos peregrinos José e Alice, um casal da Póvoa de Varzim que partilha muito mais do que uma vida e um caminho em comum.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, Alice explica que sendo o marido “um doente renal crónico”, tomou a decisão em 2016 de “fazer o teste” para ver se era “compatível” e como o resultado foi positivo avançou para a operação e “doou um rim ao seu marido”.

Hoje ele pode olhar para o futuro de outra forma, depois de vários anos de evolução da doença.

“Por isso estamos aqui a agradecer à Nossa Senhora que correu tudo bem”, realça Alice.

 “Agora não há divórcio possível, porque ela quer o rim de volta”, brinca José Carlos Costa, que mais a sério agradece um gesto de amor que veio aproximar ainda mais o casal.

“Já eramos muito unidos, sempre fomos, conhecemo-nos há mais de 35 anos, temos um casamento de 27 anos e agora mais do que nunca é para levar até ao fim”, frisa o peregrino.

José e Alice chegaram a Fátima integrados num grupo constituído maioritariamente por “família e amigos da família”.

“Gente muito chegada, um grupo muito unido, muito forte, que realmente se apoia nas dificuldades de cada um”, salienta José Carlos Costa.

No mesmo caminho, desde a Póvoa de Varzim, seguiram também “uma grávida” e mais uma pessoa transplantada.

Todos transportam as suas “mazelas”, mas a chegada ao Santuário é como que uma injeção de energia e de vida, que tudo supera.

“São dias bastante difíceis, no entanto é um caminho que nos traz a um destino que somos nós que optamos por fazer. É um destino que nos acalenta a alma, que nos faz ultrapassar dificuldades e por muito difícil que seja o caminho, o objetivo é chegar cá a cá estamos”, aponta José Carlos Costa.

Alice, trabalha como enfermeira, realça que a vinda a Fátima permite-lhe recarregar baterias para uma missão que tem muitos desafios.

“Há muita gente abandonada nos hospitais e sendo profissional ainda levo mais calor daqui para lhes dar mais”, afirma a peregrina, para quem Fátima é acima de tudo o “altar” de Maria, um lugar “que realmente é fantástico”.

HM/JCP

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