Família: Reflexão sobre a morte leva a «campo de ação»

Conselho Nacional da Pastoral Familiar reuniu-se este sábado em Fátima

Foto: AE/HM

Fátima, 15 fev 2020 (Ecclesia) – O Conselho Nacional da Pastoral Familiar reuniu-se este sábado, em Fátima, com uma reflexão sobre a morte, e onde se percebeu que a pastoral da família tem “campo de ação”.

“É uma participação que temos vindo a ter com a pastoral da mensagem de Fátima e é uma matéria que abordámos e achamos que é uma área que a pastoral da família tem campo de ação”, explicou o coordenador da Pastoral Familiar, Manuel Marques, em declarações à Agência ECCLESIA. 

O tema central para este Conselho Nacional surgiu para envolver as dioceses nesta reflexão que já um “caminho que tem sido feito”.

“A experiência da morte que a sociedade faz hoje é muito diferente de há umas décadas atrás. O que mudou no modo de morrer? Desde sempre o Homem morreu no lugar em que viveu, nas mãos dos seus e isso hoje não acontece”, referiu o padre José Nuno Silva, do Santuário de Fátima e Director do Departamento de Pastoral da Mensagem de Fátima.

O sacerdote que proferiu a conferência “A família quando as crianças morrem ou perdem – No centenário da morte de Francisco e Jacinta” disse ainda que o afastamento dos que estão a morrer nos torna incapazes de aceder à consciência de finitude e se isso não acontece, não se consegue aceder à pessoa de Jesus Cristo, ele que morreu e ressuscitou”.

O padre José Nuno disse ainda aos presentes que é necessário maior acompanhamento na hora da morte e às famílias enlutadas, uma lacuna que também acontece nas celebrações litúrgicas. 

“Não cuidamos da morte, não acompanhamos os enlutados, fazemos celebrações de funerais muito pobres, sem beleza, com linguagem litúrgica que muitas vezes não está adaptada as novas circuntâncias”, aponta.

O casal Bernardete e Rui Silva, membros do secretariado da pastoral familiar da diocese de Coimbra, participaram deste Conselho Nacional e assumem o tema como “importante e oportuno”.

“O tema de hoje é importante e oportuno porque na nossa diocese há já equipas da pastoral familiar a trabalhar a pastoral do luto, que acompanham o momento de funeral e fazem depois acompanhamento do tempo de luto”, contaram à Agência ECCLESIA.

Também este casal passam por uma fase de acompanhamento de uma idosa de 97 anos, mãe de Bernardete, que vive com eles, e o tema “foi caminho para a vida”.

Pela atualidade e importância do tema o padre José Nuno Silva adiantou que, desde maio passado, tem havido já um trabalho de uma equipa, com pessoas da área da “educação, saúde e pastoral”, sobre o tema da morte e luto de crianças.

“Com o centenário da morte de Francisco e Jacinta Marto, as jornadas de maio vão ser dedicadas a crianças morte e luto, para refletir sobre a realidade e o que se pode fazer para ser mais humana”, informou.

O encontro levou a Fátima 55 pessoas vindas dos Secretariados Diocesanos de Pastoral Familiar e de alguns Movimentos da Família.

HM/SN

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