Estará patente, de 16 de Julho a 16 de Agosto, na Igreja das Carmelitas (instalações do antigo Convento), a exposição “As Carmelitas voltam ao Convento”, numa parceria da Comunidade das Carmelitas de Aveiro com a Paróquia da Glória e Câmara Municipal de Aveiro. A exposição é constituída por textos e fotografias que apresentam a história das Irmãs Carmelitas e a sua ligação com Aveiro nos últimos 25 anos, pela “voz” das próprias Irmãs Carmelitas. A exposição surge no âmbito da comemoração do Jubileu do regresso das Irmãs Carmelitas a Aveiro. A abertura acontece a 16 de Julho por ser o dia da Festa de Nossa Senhora do Carmo, “Rainha e Formosura do Carmelo”. A exposição tem entrada livre e pode ser visitada das 10h00 às 12h30 horas e das 14h00 às 17h00 horas, de terça-feira a Domingo. As Carmelitas descalças vieram para Aveiro em 1658, para o Convento de S. João Evangelista, que existiu exactamente no espaço que agora recebe esta exposição, e de que resta uma parte da Igreja (a parte do coro foi destruída e incorporada na actual Praça) e parte do claustro e dependências, no local adjacente à Igreja, onde esteve a Polícia de Segurança Pública nos últimos anos. Por alturas do Liberalismo, e na sequência da lei que extingue as ordens religiosas em Portugal, o Estado toma posse do edifício e, em Julho de 1905, começa a demolição do convento com uma forte mutilação deste monumento, para concretizar um projecto urbanístico de uma grande avenida frente ao edifício do Governo Civil. O que resta do imóvel é ocupado pela PSP e a comunidade Carmelita, que subsistia quase em clandestinidade, é forçada ao exílio. E se Aveiro conservou com carinho a recordação da presença das Irmãs Carmelitas na Cidade, o sonho de regresso da Comunidade sempre foi um ideal de esperança que só pôde ser concretizado em 1983, após várias diligências de D. Manuel de Almeida Trindade. Provisoriamente estabelecidas em Eirol, instalam-se definitivamente no Convento de Cristo Redentor, em Vilar, São Bernardo no final de Janeiro de 1991.