D. José Alves celebrou solenidade de S. Pedro e S. Paulo que anunciaram a fé cristã numa época dominada pelo «judaísmo e paganismo»
Évora, 01 jul 2013 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora sublinhou este sábado a necessidade de padres capazes de “proclamar, com entusiasmo e convicção” os valores do Evangelho numa sociedade onde se “cruzam diferentes mentalidades culturais e múltiplas conceções religiosas”.
“Os presbíteros, filhos do seu tempo, são ordenados para serem neste mundo, a exemplo de Cristo, sinais de contradição. O seu comportamento não pode ser padronizado pelas opiniões dominantes, em cada época”, sublinhou D. José Alves durante a eucaristia, na igreja de S. Francisco, sede da Paroquia de S. Pedro.
Na homilia, enviada à Agência ECCLESIA, o prelado recordou o “exemplo extraordinário” daqueles dois apóstolos, que foram capazes de defender os valores cristãos nas circunstanciais mais adversas, em meios dominados pelo “judaísmo e o paganismo”.
Apesar de estarem conscientes das suas fragilidades pessoais, aquelas duas figuras destacaram-se pela “radicalidade” da sua “entrega”, apoiada “na certeza do auxílio divino e prolongada na perseverança até ao fim”, apontou o arcebispo de Évora.
Numa celebração marcada pela ordenação sacerdotal de Domingos Miguel Coelho, D. José Alves alertou para a importância de pastores que sejam capazes de “ir à procura da ovelha perdida”, de cuidarem e conduzirem as pessoas que hoje “se sentem isoladas e perdidas no mar da vida, sem rumo e sem esperança”.
O prelado eborense pediu ainda que os sacerdotes “cultivem o espírito genuíno da liturgia nas celebrações a que presidem”, sobretudo numa época marcada pela “multiplicidade de cultos de inspiração pagã, que dia a dia surgem”.
“A fecundidade espiritual da liturgia depende do poder da Palavra de Deus e da ação do Espírito Santo nos corações dos crentes e não das nossas invenções, por mais engenhosas que pareçam”, concluiu.
JCP