Évora: Encontro de Educação Moral e Religiosa Católica juntou 3500 alunos na Vila de Portel

D. Francisco Senra Coelho destacou «sementeira de esperança» que a disciplina representa e a responsabilidade do Estado em «proporcionar» esta oferta a todos

Foto: D. Francisco Senra Coelho com os alunos de EMRC em Évora, Créditos: Pedro Miguel Conceição/ jornal “a defesa”

Évora, 10 mai 2019 (Ecclesia) – A Vila de Portel acolheu esta quinta-feira o 28.º Encontro de Alunos de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) da Arquidiocese de Évora, com a participação de mais de 3500 alunos.

Em declarações enviadas à Agência ECCLESIA, pelo Departamento de Comunicação da Arquidiocese alentejana, o arcebispo de Évora enalteceu a presença de tantas crianças, adolescentes e jovens nesta iniciativa, considerando esta afluência “uma grande sementeira de esperança” para a Igreja Católica e para a sociedade.

“São corações que recebem uma mensagem de paz, sabemos que o segredo para a paz está na construção da comunhão fraterna, solidária, na capacidade de construirmos pontes como nos pede o Papa Francisco, de não sermos nunca colaboradores com muralhas que nos separem. E acho que o contributo da disciplina de EMRC é muito grande para essa edificação”, referiu D. Francisco Senra Coelho.

Para o responsável católico, o conjunto de valores que são transmitidos a estes jovens, através das aulas e durante estas iniciativas, mais alargadas e no terreno, são fundamentais para a educação de cidadãos bem consolidados, empenhados na “construção de um mundo melhor”.

“Por isso há pais que distinguem, valorizam este contributo, esta proposta, e há também uma valorização muito grande que vem dos próprios jovens, adolescentes, que alguns assumem por si mesmos este contributo no seu currículo. Na sua liberdade optam, e pela experiência que vão fazendo vão percebendo que é uma mais-valia”, sustentou.

Durante o evento, na Vila de Portel, D. Francisco Senra Coelho frisou a importância de a Igreja Católica “preparar professores com competência e ao mesmo tempo com capacidade pedagógica e didática, segundo a legislação, para que todas as escolas tenham esta possibilidade”, de ter na sua oferta a disciplina de EMRC.

Mas recordou a responsabilidade do Estado, em “proporcionar” esta oferta a todas as famílias e pais que assim o entendam.

“Não podemos ter uma sociedade apenas plural de slogan, mas precisamos de uma sociedade plural de compromisso. Esperamos que o Estado tenha sempre na sua componente educacional esta pluralidade e que nós estejamos à altura dos grandes desafios, com uma resposta em qualidade”, frisou o arcebispo de Évora.

“Não queremos ser um campo só de girassóis porque isso é uma monocultura. Não queremos ser uma monocultura. Sabemos que as pessoas têm necessidade de escolher e só podem escolher quando há oferta”, assinalou.

Ainda sobre os professores, o arcebispo de Évora deixou um agradecimento especial a todos os docentes que trabalham neste campo.

Docentes que, frisou aquele responsável, “têm feito autênticos milagres, muitas vezes em condições muito exigentes, nem sempre favoráveis, uma vez que jogam muitas vezes com horários não completos, e têm que ter uma coragem grande, até de dádiva da sua vida, quase em voluntariado”.

A 28.ª edição do Encontro de Alunos de Educação Moral e Religiosa Católica da Arquidiocese de Évora teve como tema ‘Abre o teu Coração’ e contou com a organização do Ensino da Igreja nas Escolas, em parceria com a disciplina de EMRC do Agrupamento de Escolas de Portel.

O próximo encontro de alunos de EMRC da arquidiocese alentejana, em 2020, vai decorrer em Sousel.

JCP

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