Igreja/Cultura: Seminário Maior de Coimbra comemora Dia Mundial dos Monumentos e Sítios 2024

«Está no ADN do edifício a resistência e a superação dos terramotos que a vida nos vai trazendo», destaca padre Nuno Santos

Coimbra, 17 abr 2024 (Ecclesia) – O Seminário Maior Coimbra vai comemorar o Dia Mundial dos Monumentos e Sítios 2024 com uma conversa e visita, sobre os “efeitos e impactos” de invasões, uma epidemia e uma tempestade tropical, esta sexta-feira, 19 de abril, às 17h00.

“O Seminário é mesmo monumento nacional, orgulha-nos desse reconhecimento mas atribui-nos uma responsabilidade que não podemos abdicar. Nós temos celebrado sempre estes dias os Monumentos e Sítios, este ano, voltamo-lo a fazer articulados com a Rede de Museus da cidade de Coimbra”, disse o reitor do Seminário Maior Coimbra, o padre Nunos Santos, em declarações à Agência ECCLESIA.

O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios comemora-se esta quinta-feira, 18 de abril, este ano de 2024 com o tema ‘Catástrofes e conflitos à Luz da Carta de Veneza’, assinala os 60 anos da Carta de Veneza, fruto do II Congresso Internacional de Arquitectos e Técnicos de Monumentos Históricos realizado em Veneza, de 25 a 31 de maio de 1964, através do qual a organização (ICOMOS e UNESCO) chama a atenção para o número crescente de catástrofes naturais e conflitos que têm levado à destruição de locais culturais.

O Seminário Maior Coimbra (Seminário Maior da Sagrada Família) assinala o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios 2024 esta sexta-feira, 19 de abril, a partir das 17h00, com uma visita e conversa, com o padre Nuno Santos, Paulo Morgado e Sónia Filipe, sobre “os efeitos e impactos no Seminário das Invasões Francesas de 1810, da Epidemia de 1863, da Tempestade Leslie de 2018… e outros conflitos”.

O Seminário Maior da Diocese de Coimbra está a realizar obras de recuperação, conservação e restauro, desde maio de 2020, e o seu reitor destaca que a “ideia da resiliência, da resistência” é uma ideia que lhes interessa, de “não desistir do projeto”.

“Nós não temos tido apoios estruturais e económicos, por exemplo, dos serviços centrais. Não temos apoio do Governo para esta obra, não tivemos apoio local, até agora. E significa que nós temos feito isto com uma atitude também de resiliência e da própria comunidade e de aposta e da diocese. Isto para nós é muito significativo”, explicou.

Esta obra de recuperação começaram em maio de 2020, o padre Nuno Santos destaca que foi um período “também ele de resistência”, porque foi iniciada na pandemia Covid-19, depois a “questão da guerra e outras guerras, que “influenciou muitos preços”.

“Este projeto tem essa dimensão de resistência, ao que nós devemos juntar o facto de ele ter sido construído no próprio Terremoto de Lisboa. O Seminário Maior de Coimbra é construído entre 1748 e 1765, conclui-se 10 anos depois do terremoto. Eu diria que está no ADN do edifício a resistência e a superação dos terramotos que a vida nos vai trazendo”, desenvolveu o sacerdote.

O Governo português classificou o edifício do Seminário Maior de Coimbra, incluindo os três edifícios, os jardins e os muros envolventes, como monumento de interesse nacional, num decreto publicado em Diário da República, no dia 7 de junho de 2021.

O entrevistado salienta que o Seminário Maior Coimbra vai comemorar o Dia Mundial dos Monumentos e Sítios 2024, com uma conversa e visita, esta sexta-feira, “articulados com a Rede de Museus da cidade de Coimbra da qual faz parte”, integrados no programa dessa rede.

Foto Município de Coimbra

No dia 26 de setembro de 2023, a Coimbra Rede de Museus (fundada em 2013) formalizou a entrada de quatro novas entidades – o Seminário Maior da Sagrada Família, a Confraria da Rainha Santa Isabel, a Casa de Infância Doutor Elysio de Moura, e a Fundação Inês de Castro – passando a ser composta por “12 instituições detentoras de coleções visitáveis com relevante interesse histórico para Coimbra”.

O Dia Mundial dos Monumentos e Sítios foi instituído pelo ICOMOS (International Council of Monuments and Sites – Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios), a 18 de abril de 1982, e aprovado, no ano seguinte, pela UNESCO (United Nations Educational, Scientidic and Cultural Organization – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

CB/OC

 

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