Angra: Comissão Diocesana Justiça e Paz promove Eucaristia comemorativa dos «50 anos do 25 de abril»

«Esta Missa também servirá para que a memória não se perca e todos possamos empenhar-nos na defesa dos valores de abril» – Padre José Júlio Rocha

Angra do Heroísmo, Açores, 15 abr 2024 (Ecclesia) – A Comissão Justiça e Paz da Diocese de Angra vai assinalar os ‘50 anos do 25 de abril’ com uma Missa, no próximo dia 25 de abril, pelas 19h00, na igreja de Santa Luzia, em Angra do Heroísmo.

“A Comissão Justiça e Paz em qualquer diocese tem por missão sublinhar a importância dos valores da Doutrina Social da Igreja e, desde 1891, que a Doutrina Social da Igreja vem afirmando que a democracia, a liberdade, a participação, o bem comum, a partilha de bens são valores fundamentais na vivência social e política das pessoas”, assinalou o assistente da Comissão Justiça e Paz de Angra, ao portal diocesano ‘Igreja Açores’.

“Nós, em Portugal,  só conseguimos isso em 1974 e, portanto é isto que estamos a celebrar”, acrescentou o padre José Júlio Rocha, vigário episcopal para o Clero e Formação da Diocese de Angra, na informação enviada à Agência ECCLESIA, pela Diocese de Angra.

A Comissão Justiça e Paz da Diocese de Angra vai assinalar os ‘50 anos do 25 de abril de 1974, com a celebração de uma Eucaristia, no próximo dia 25 de abril, pelas 19h00, na igreja de Santa Luzia, em Angra do Heroísmo, o sacerdote explica que querem “agradecer a Deus o dom” de viver em paz, a Missa também servirá para que “a memória não se perca” e todos possam empenhar-se “na defesa dos valores de abril”.

“O 25 de abril de 74 também significa o fim de uma guerra –  em democracia e em liberdade valores que a Igreja defende”, salientou, observando que na celebração da democracia e da liberdade “não se trata de uma questão político partidária”.

“Celebrar o 25 de abril está acima de qualquer partido. É sempre importante celebrarmos os valores de abril. E será preocupante que existam pessoas que não queiram celebrar isto; se a Igreja não se deve imiscuir na vida partidária, a igreja tem o seu papel e neste caso é de agradecimento por vivermos em democracia e em paz”, desenvolveu o padre José Júlio Rocha.

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aprovou uma Nota Pastoral na comemoração dos cinquenta anos do “25 de Abril”, onde reconhecem “tudo quanto se conseguiu de positivo no Portugal democrático” e alertam para intenções que “continuam a reclamar nos dias de hoje”.

“Passado meio século, podemos e devemos reconhecer tudo quanto se conseguiu de positivo no Portugal democrático, a começar pela liberdade política, o fim da guerra em África e a dedicação cívica de tantos, das autarquias ao Estado, da vida nacional à integração europeia”, lê-se no documento publicado no final da 209.ª Assembleia Plenária da CEP que se realizou entre 8 e 11 de abril, em Fátima.

“Retomemos as intenções dos autores do “25 de Abril”, no sentido da democratização do país, do fim da guerra e do desenvolvimento geral. Intenções que nos continuam a reclamar nos dias de hoje”, pedem os bispos católicos de Portugal.

CB

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