Eutanásia: Movimento cívico da Madeira pede que deputados do círculo regional assumam posição

Carta aberta é subscrita pelo bispo do Funchal, por Alberto João Jardim e vários responsáveis políticos, religiosos e do setor da saúde

Funchal, Madeira, 17 fev 2020 (Ecclesia) – Um grupo de cidadãos na Madeira enviou hoje aos seis deputados do círculo regional na Assembleia da República uma carta-aberta onde manifestam a sua “profunda preocupação” sobre as propostas de lei que visam despenalizar a eutanásia.

Entre os signatários estão D. Nuno Brás, bispo do Funchal; Alberto João Jardim, antigo presidente do Governo Regional; José Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa Regional da Madeira; e vários responsáveis políticos, religiosos e do setor da saúde.

A missiva convida os deputados em causa a “clarificar atempadamente o seu posicionamento sobre as propostas de lei em causa, junto da população madeirense”.

Os signatários indicam ainda que a experiência da legalização da eutanásia noutros países “tem evidenciado que uma vez aberta, esta é uma porta que conduz a uma rampa deslizante, seja pelo número de casos que aumenta exponencialmente, como em termos jurídicos com o alargamento sistemático dos critérios de admissibilidade para a prática da eutanásia/morte assistida”.

“Perante a realidade socioeconómica de Portugal – um país onde quase 40 mil idosos vivem sozinhos ou isolados; onde apenas um em cada quatro adultos tem acesso aos cuidados paliativos; onde 71,4% dos pensionistas vivem com uma reforma igual ou inferior a 421 euros – é impossível garantir que não serão estes os fatores determinantes numa decisão pela eutanásia”, acrescenta o texto do movimento cívico “Madeira Diz Não à Eutanásia”.

OC

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