Europeias 2019: Cardeal-patriarca diz que é preciso «trabalhar mais» para combater abstenção

D. Manuel Clemente sublinha necessidade de promover «responsabilidade de participação»

Foto: LusaLisboa, 27 mai 2019 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa disse que é necessário “trabalhar mais” para aumentar a participação nas eleições europeias, que este domingo registaram 68,64% de abstenção em 10,5 milhões de eleitores inscritos.

“Temos de trabalhar mais para ganhar sentido, consciência e responsabilidade de participação, a nível local, a nível nacional e a nível europeu”, referiu D. Manuel Clemente à Agência ECCLESIA.

“Isto passa por todos nós, não nos podemos demitir”, acrescentou.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa apontou a importância, neste campo, da Doutrina Social da Igreja, “a sistematização das palavras e das atitudes de Jesus Cristo”, aplicadas às diversas circunstâncias da sociedade atual.

“Há palavras que foram ditas há 2 mil anos e ainda estão por cumprir, mas a gente não desiste e Deus também não”, concluiu.

As eleições para o Parlamento Europeu registaram no domingo a taxa de abstenção mais elevada de sempre em Portugal; em termos absolutos, o número de votantes será maior do que em 2014.

Foto: Lusa

D. Jean-Claude Hollerich, arcebispo do Luxemburgo e presidente da Comissão das Conferências Episcopais da Europa (COMECE), disse hoje no Vaticano que sem as intervenções da Igreja Católica, e do Papa em particular, os partidos populistas e nacionalistas teriam um resultado mais significativo nestas Europeias.

“Não temos uma mensagem oportunista, que procure agradar”, observou o responsável, em conferência de imprensa, sublinhando que o acolhimento dos outros, dos pobres, dos refugiados e dos marginalizados é “uma parte central do Evangelho”.

Dos 751 deputados eleitos para o Parlamento Europeu, pouco mais de 50 pertencem a partidos considerados como de extrema-direita.

LS/OC

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