Europa: União das Conferências dos Superiores/as Maiores tem novo presidente

Religiosos incentivados à autenticidade de vida, ao acolhimento e ecologia, em Bucareste

Bucareste, 09 mar 2018 (Ecclesia) – A União das Conferências Europeias dos Superiores/as Maiores (UCESM) elegeu um novo presidente e foi desafiada à autenticidade de vida e a alargar horizontes na assembleia-geral, que termina hoje, no Mosteiro Carmelita de Snagov, em Bucareste, Roménia.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) informa que o padre Zsolts Labancz foi eleito presidente da UCESM, para os próximos quatro anos.

O sacerdote de 43 anos é presidente da Conferência dos Superiores das Ordens Religiosas Masculinas da Hungria e pertence à Congregação dos Escolápios (Ordem Religiosa das Escolas Pias).

‘Alarga o espaço da tua tenda’, citação do profeta Isaías, dá mote desde esta segunda-feira, à 18.ª Assembleia Geral da União das Conferências Europeias dos Superiores Maiores, que reúne 90 pessoas, no Mosteiro Carmelita de Snagov, na capital da Roménia.

Durante os trabalhos, o secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (CIVCSVA), da Santa Sé, disse que “o grande pecado da Vida Consagrada é a nostalgia”.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a CIRP informa que o arcebispo José Rodríguez Carballo explicou que o desafio é sair do “próprio ninho” e deixar a comodidade para ir onde há necessidade do anúncio do Evangelho.

Neste contexto, o responsável da Santa Sé disse aos 57 religiosas e religiosos de 30 conferências associadas que a pergunta hoje o que é que o fundador faria e “não turismo carismático” e referiu que a crise na Vida Consagrada não é de vocações mas de autenticidade evangélica.

O prior da comunidade ecuménica de Taizé (França), a partir do tema do encontro, disse que esse é o lema da sua vida: Alargar o espaço do coração, o horizonte à mundialidade.

“Um dos grandes traços da comunidade de Taizé é aceitar a alteridade”, exemplificou o irmão Alois para quem a vida em comunhão é uma parábola e a vida fraterna é aceitar a diversidade.

“A vida religiosa não é cultivar o próprio jardim. É sair de casa, convidar os outros a entrar”, destacou.

A temática da economia, da ecologia e dos refugiados e migrantes foram apresentados, respetivamente, pela a irmã Céline Renouard e o diretor regional do Serviço dos Jesuítas para os Refugiados (JRS), o padre jesuíta José Ignacio García.

“Os religiosos devemos fazer um esforço para compreender melhor a realidade e ser mais corretos na sua leitura”, disse o sacerdote espanhol, referindo a necessidade de ultrapassar a visão xenófoba e alarmista que se vive em algumas regiões.

Já a irmã Céline Renouard apresentou três abordagens para «ouvir o grito dos pobres e o grito da terra», citando o Papa Francisco: Mudança de paradigma com a ecologia integral, ecologia cultural e ecologia económica.

Aos superiores maiores, a religiosa francesa indicou que é preciso um discernimento pessoal e coletivo para existir consciência do limite do meio ambiente, vivendo uma sobriedade feliz.

CB/OC

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