Europa: Proposta da Cáritas «pelos mais pobres» marca Dia Mundial da Justiça Social

Organização católica alerta para milhões de pessoas em situação extrema, algo que vai contra o ADN do Velho Continente

Bruxelas, 20 fev 2017 (Ecclesia) – A Cáritas Europa assinalou hoje o Dia Mundial da Justiça Social com uma solicitação enviada para a Comissão Europeia, no sentido da implementação de um Pilar de Direitos Sociais que tenha em conta os mais pobres e excluídos.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a organização católica frisa que existem atualmente “milhões de pessoas em situação de pobreza e exclusão social”, algo que vai contra “o ADN” da Europa.

Para Shannon Pfohman, responsável pelo setor dos Direitos Humanos da Cáritas Europa, é essencial um instrumento legal que ajude as pessoas a não caírem nestas situações extremas.

“Precisamos de uma liderança forte a nível comunitário e nacional que ponha o bem comum no centro da agenda política”, realça aquele especialista.

Num dos relatórios mais recentes acerca da realidade social europeia, a Caritas identificou cinco faixas ou categorias da população que hoje enfrentam maior risco de pobreza no Velho Continente: “os desempregados de longa duração, os trabalhadores precários, os pais solteiros, as crianças e os migrantes ou refugiados”.

Na sua análise, o organismo católico defende a necessidade de um modelo social mais sustentável assente em três pilares: “Família e Comunidade, Mercado mais inclusivo e sistemas mais eficazes de Proteção Social”.

A Caritas apresenta ainda casos e testemunhos como os de Fabrice, um francês pai de três filhos, que põe de parte quaisquer comodidades para que “não falte dinheiro” para os mais pequenos.

“O mais difícil é não poder dar-lhes o que eu gostava”, confessa o progenitor.

A inclusão de mais políticas sociais na agenda europeia, nomeadamente no chamado Pilar Europeu dos Direitos Sociais, tem estado a ser defendida pelo Conselho Europeu em conversações com a Comissão Europeia.

Uma proposta que a Cáritas Europa apoia enquanto membro da rede internacional de organizações não-governamentais do Conselho Europeu e como coordenadora de cerca de meia centena de organizações sociocaritativas da Igreja Católica, presentes em 46 países incluindo Portugal.

JCP

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