Olinda Marques esperava «decisões mais práticas» nos objetivos da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia
Coimbra, 22 jan 2021 (Ecclesia) – Olinda Marques, presidente do Movimento de Trabalhadores Cristãos Europeus (MTCE) disse à Agência ECCLESIA que o Governo português “teve tempo para regulamentar o teletrabalho” e esperava que a presidência portuguesa na União Europeia trouxesse “decisões mais práticas”.
“Portugal estabeleceu metas muito importantes mas são necessárias decisões mais práticas porque há consequências muito graves devido à pandemia, com o aumento de desemprego, pobreza e desigualdades”, refere.
A responsável adianta que estudou os propósitos para esta presidência referindo o ponto “Uma Europa aberta ao mundo” que coloca em causa por “serem recebidos refugiados e colocados nos campos de refugiados ao frio e onde a crise de pandemia é brutal, sem condições de isolamento”.
“Esta presidência é limitada pela pandemia, a ação será condicionada, e até é difícil imaginar a Europa sem a pandemia e o que poderia ser feito, mesmo ao nível do MTCE que tudo é diferente”, aponta.
Olinda Marques, farmacêutica, sente que a pandemia “pôs em causa os valores”, como a “defesa da vida” e aponta que o Estado português teve tempo para regulamentar o teletrabalho e outros novos desafios que se impõem ao trabalho.
“Houve tempo para regulamentar porque houve meses mais tranquilos em que podia ter sido possível avançar com esta regulamentação para proteger quem agora fica novamente em teletrabalho e todos sabemos que a crise não tinha parado, acalmou e nada foi feito, agora o que sinto é que o Estado está demasiado preocupado para conseguir gerir todas as outras situações”, assume.
A responsável pelo Movimento de Trabalhadores Cristãos Europeus (MTCE) deu o exemplo das empregadas de limpeza, “muitas sem qualquer vínculo com a entidade patronal”, e numa “situação de crise não têm proteção social”.
“Numa crise destas, as pessoas vêm para casa e acabou-se o rendimento, e isso é gravíssimo, passam depois sérias dificuldades, com contas para pagar e famílias para sustentar”, admite.
SN