Europa: «Igreja ama e acredita no seu futuro» – Conferências Episcopais

Bispos preocupados com «cultura líquida» que os jovens «respiram»

Minsk, 02 out 2017 (Ecclesia) – O Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE) afirmou que a “Europa não é só uma terra, mas uma incumbência espiritual” e que a “Igreja acredita firmemente nos jovens”, no comunicado final da Assembleia Plenária que terminou este domingo.

“Aos povos e às nações exprimimos o nosso encorajamento para reagir às fortes instigações do secularismo que impelem a viver sem Deus ou a confiná-lo no espaço privado, alimentando a semente do individualismo e gerando solidão”, lê-se na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA.

A Assembleia Plenária do Conselho das Conferências Episcopais Europeias decorreu em Minsk, capital da Bielorrússia, desde o dia 27 de setembro.

Os bispos europeus assinalam que “é sabido que a abertura à vida”, em todas as fases, é indicativo do “nível de esperança” e o índice de natalidade “o melhor sinal do estado de saúde da sociedade”.

O CCEE renova o “empenho de participar com entusiasmo” no caminho do continente, que tem “algo de grande a oferecer a todos na lógica da reciprocidade”.

A sua missão, acrescentam, é de “promover a comunhão” entre os pastores das várias nações, e de “descobrir os caminhos” que permitam voltar a ressoar no coração do “homem europeu”, da cultura e da sociedade “a voz do Senhor Jesus Cristo”.

O fenómeno da imigração, por exemplo, é iluminado pelo Evangelho “no acolhimento, na integração e na legalidade”, mesmo com as dificuldades existentes, e, por isso, deve existir um “esforço de uma responsabilidade comum”.

O Conselho das Conferências Episcopais Europeias realça que a mensagem de que são “devedores ao mundo é elevada e forte” e, “apesar das invetivas” que tendem a separar e isolar, acreditam na “unidade de ideais espirituais e éticos” que desde sempre é a alma e o destino das Europa.

Ao coração da Europa gostavam que chegasse a palavra de Jesus e que a “antiga Europa” não tenha “medo” de ser ela mesma e regressar ao caminho “dos pais que sonharam” como uma casa de povos e nações, “mãe fecunda de filhos e de civilização, terra de humanismo aberto e integral”.

O outro tópico da agenda eram os jovens, no contexto do Sínodo dos Bispos sobre esta temática que se vai realizar em outubro de 2018.

“A Igreja acredita firmemente nos jovens, tem estima e confiança neles, como uma mãe tem pelos seus filhos”, destacam.

Por isso, os bispos europeus estão preocupados com a “cultura liquida que todos respiram”, a “exasperação individualista muito difundida” que gera incerteza e solidão e “conflitos e injustiças” que “ferem a paz”.

“Tudo isto é motivo que confirma o nosso empenho de estar junto aos jovens e de caminhar com eles”, afirmam.

Os prelados manifestam simpatia pelos jovens que se traduz “em oração, em maior proximidade, e no desejo de escutar e de acompanhar com paciência e amizade”.

CB

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