Europa: «Economia para as pessoas»

Manuel de Lemos, presidente da União das Misericórdias, alerta para ameaças ao atual modelo social

Lisboa, 18 fev 2014 (Ecclesia) – O presidente da União das Misericórdias, Manuel de Lemos, defende que a construção de uma “Economia para as pessoas” na União Europeia exige uma atenção particular “modelo social” do continente.

“A Europa está a viver tempos de notória dificuldade. Embarcamos todos num sonho de desenvolvimento que não chegou a acontecer, mas não podemos, portugueses e europeus em geral, baixar os braços: é necessário encontrar soluções que permitam continuarmos a acreditar naquilo a que chamamos modelo social europeu”, escreve o responsável na última edição do Semanário ECCLESIA.

O novo comentador da publicação evoca os quase 30 anos da entrada de Portugal na então CEE, num clima de esperança que a crise veio questionar.

“É com pesar que observo a esperança a esvair-se e a ser substituída por uma espécie de ‘nuvem negra’ que paira sobre a cabeça dos portugueses”, assinala Manuel de Lemos.

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas sustenta que a solução para o atual cenário “já estar a ser desenhada” e passa por “compatibilizar inovação social com uma Europa histórica cuja força assenta nas pequenas comunidades”.

“Sem essa força, poderá mesmo haver uma fratura no modelo social europeu”, acrescenta.

Manuel de Lemos observa, a este respeito, que a Economia Social pode “representar um importante instrumento” para a construção de “um país coeso e justo”.

“Num tempo de crise instalada e alarmantes taxas de desemprego, é importante lembrar os mais céticos de que há no país entidades que valorizam os seus colaboradores, que geram riqueza e cuidam dos elementos mais frágeis das suas comunidades”, conclui.

O acesso ao Semanário ECCLESIA é garantido através de assinatura anual, no valor de 10 euros, que pode ser pedida por correio eletrónico (agencia@ecclesia.pt).

OC

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