No final de 1999, quando o mundo se preparava para comemorar o Natal, a Venezuela foi afectada pelo pior desastre natural da América do Sul. As chuvas intensas provocaram inundações e deslizamentos de terra: o Natal foi manchado por correntes de barro que sepultaram populações inteiras. O quinto aniversário da tragédia de Vargas, na Venezuela, será assinalado na Madeira, amanhã, com a celebração da Eucaristia na sede do Clube Social das Comunidades Madeirenses. D. Teodoro de Faria presidirá a esta cerimónia religiosa em sufrágio pelos falecidos nas enxurradas e ainda de todas as pessoas “vítimas de outras catástrofes”, em especial, da violência humana. O prelado funchalense visitou a comunidade de Carmen de Uria, na Venezuela, depois da tragédia. A catástrofe natural matou 50 mil pessoas, muitas delas portuguesas ou lusodescendentes, e estima-se que serão necessários 10 anos para a reconstrução. Milhares de pessoas viram-se sem casa, sem família e enfrentaram as tempestades à procura dos desaparecidos e, na maior parte dos casos, jamais localizados – ainda permanecem mais de 7 mil pessoas por encontrar.