Ética teria evitado crise mundial

A Associação Cristã de Empresários e Gestores apela “aos empresários para que paguem dívidas pontualmente”. A crise financeira internacional “não teria existido se os responsáveis empresariais tivessem actuado dentro de padrões de ética e de responsabilidade social” – sublinha um comunicado da ACEGE enviado à Agência ECCLESIA. Datado de 11 de Novembro, este pronunciamento da ACEGE perante a crise internacional realça que o “modelo de economia social de mercado – assente na liberdade económica individual, na propriedade privada, na acção reguladora do Estado e nas políticas públicas de redistribuição da riqueza e de protecção dos mais desfavorecidos – é o modelo defendido pela doutrina social da Igreja. Este modelo mantém-se inteiramente válido, não tendo emergido desta crise qualquer modelo alternativo”. A economia social de mercado e a sua nova dimensão global constituem um “bem histórico, com um enorme potencial de progresso e de justiça social”. E acrescenta: “Nos últimos dez anos, este sistema tirou da pobreza quinhentos milhões de Seres humanos e, nos últimos vinte e cinco anos, retirou mil e quatrocentos milhões de pessoas da miséria”. Como a pobreza e o desemprego permanecem como os “dois principais problemas da sociedade portuguesa e há um risco não negligenciável de se agravarem no próximo ano”. Perante esta situação, os empresários e gestores deverão “consciencializar a importância do seu papel neste contexto, assumindo-se como verdadeiros Líderes sociais, gerando confiança e agindo de forma positiva e solidária, sobretudo em quadros de grande dificuldade” – lê-se no documento. A ACEGE apela também a todos os empresários e gestores para que “não esmoreçam as políticas de responsabilidade social das suas empresas”. Neste contexto, deve ser dada especial atenção “à questão do salário mínimo e ser feita uma avaliação, articulando critérios de sustentabilidade da empresa com critérios de generosidade e amor aos mais desfavorecidos, no sentido de apurar, em consciência, se é possível pagar acima do mínimo legal”. Ao Estado, a ACEGE recomenda que “adopte medidas, nomeadamente de flexibilidade laboral e de natureza fiscal, que encorajem e facilitem a aceleração do aumento do salário mínimo nacional, numa estratégia de partilha de custos entre as empresas e o Estado no combate à pobreza”. Notícias relacionadas • Tomada de Posição da ACEGE perante a crise

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