José María del Corral, presidente da Fundação Scholas Occurrentes, afirma que defendem que «ter uma vida com sentido é um direito humano que não pode ser violado»
Cidade do Vaticano, 18 dez 2023 (Ecclesia) – O Movimento educativo ‘Scholas Occurrentes’, criado pelo Papa Francisco, recebeu o Prémio ‘Juan Antonio Carrillo Salcedo’ da Universidade de Sevilha para a Defesa dos Direitos Humanos.
“Scholas defende que ter uma vida com sentido é um direito humano que não pode ser violado e, para o conseguir, trabalhamos em várias questões”, explicou o presidente mundial deste movimento educativo, num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
José María del Corral acrescenta que ‘Scholas Occurrentes’ enfrenta “desafios” como a “prevenção do suicídio em muitas partes do mundo”, durante a pandemia Covid-19 apoiaram no âmbito da saúde mental jovens e adolescentes “em mais de 30 países”, e, por exemplo, combateram problemas como “gangues no Panamá, a Camorra [máfia] em Nápoles, e o abuso de crianças em Portugal, México e Espanha”.
A Fundação ‘Scholas Occurrentes’ o movimento educativo criado pelo Papa Francisco, foi escolhido para receber o Prémio ‘Juan Antonio Carrillo Salcedo’ da Universidade de Sevilha para a Proteção dos Direitos Humanos, que é atribuído de dois em dois anos, e reconhece pessoas ou instituições que se destacaram “pela defesa dos direitos humanos, seja no domínio político, social ou educativo”.
Para os seus fundadores, este prémio “pertence aos jovens” que todos os dias dedicam o seu tempo e a sua paixão para chegar a mais jovens em todo o mundo e ao Papa Francisco “por ter confiado nesta intuição”.
“Scholas está convencida de que o sistema educativo pode ser mudado de baixo para cima e com o empenhamento de todos. Defende os direitos humanos dos jovens através de ações concretas, independentemente de serem desta ou daquela fé ou deste ou daquele nível social ou económico, porque acredita que o importante é o encontro e que a diversidade é o que nos une.”
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Occurrentes’, organização Internacional de Direito Pontifício que está presente em 190 países, chegou a Espanha em 2015, tem colaborado com a Igreja local e outras confissões, com os Ministérios da Educação, da Juventude e dos Assuntos Sociais, e dinamizou diversas atividades em várias regiões do país, como a Comunidade de Madrid, Catalunha, Galiza, Valência, Andaluzia e Cantábria, e abriu delegações universitárias em Madrid, Granada, Valência e Barcelona, entre outras.
‘Scholas Occurrentes’ destaca que este prémio de Direitos Humanos da Universidade de Sevilha, nas edições anteriores, distinguiu a rainha Sofia de Espanha, Federico Mayor Zaragoza, político espanhol que foi diretor-geral da UNESCO, o diplomata Marcelino Oreja e Adela Cortina.
A Fundação Scholas Occurrentes, que também tem sede em Portugal, em Cascais, onde o Papa teve um encontro na JMJ Lisboa 2023, dinamiza “experiências educativas com jovens de diferentes credos e culturas nos cinco continentes”, desde 2013, quando foi criada pelo Papa como Movimento Educativo Internacional.
No dia 27 de setembro de 2023, Francisco criou, no Vaticano, a ‘Universidade do Sentido’ “para responder à crise global do sentido”, uma instituição pública, local e global, intercultural, inter-religiosa e intergeracional gerida pela Fundação ‘Scholas Occurrentes’.
CB