Escuteiros portugueses fazem a festa no Jamboree

21º Encontro Mundial, a decorrer em Brownsea, berço do Escutismo, conta com o entusiasmo da lusofonia Mais de 40 mil escuteiros caminharam até Inglaterra, mais precisamente até à Ilha de Brownsea, berço do Escutismo. O sol, não espreitou nos primeiros dias, mas agora o bom tempo ajuda ao entusiasmo. 850 portugueses têm a responsabilidade de representar Portugal, num acampamento onde se encontram “quase todos os países do mundo”, adianta à Agência ECCLESIA, José Machado, pertencente à delegação portuguesa. Cabo Verde, Angola, Moçambique, Brasil, Macau, são países que num total de 1700 escuteiros marcam fortemente a presença lusófona em Inglaterra. A lusófonia vai mesmo ser celebrada no dia 2, juntando numa eucaristia todos os países que partilham o português. O grande entusiasmo e partilha de culturas, evidenciam o ambiente possível de compreensão e de ajuda mútua, porque “aqui constatamos o bom ambiente entre diferentes culturas e religiões”. Participar no Jamboree é inesquecível. Nas palavras de José Machado, “não é fácil encontrar locais onde existe tanta cooperação, mesmo no meio da dificuldade de perceber. Mas o esforço e predisposição grande que existe em perceber o ponto do vista do outro” faz do Jamboree uma “verdadeira escola de paz e fraternidade”. Nas celebrações inter-religiosas “sentimos que somos filhos do mesmo Deus e que nesta terra todos devemos cooperar”. Começando pelos jovens “mais fácil o mundo terá mais paz”. Os participantes portugueses anseiam pela renovação da promessa, quarta-feira pelas 8 horas da manhã. “Queremos através da promessa, esforçar-mo-nos por cumprir os nossos deveres com Deus, mas ao lado dos outros, cooperando”, sublinha, evidenciando a grande “sensibilização para as dificuldades que existem no mundo”. No local do acampamento podem ler-se cartazes que dizem “Só 5% da população mundial tem frigorífico”, ou “Por minuto morre uma criança por falta de nutrição”. Os jovens devem perceber que “o mundo é muito mais do que a sua casa ou bairro”, sustenta José Machado. O Escutismo procura ajudar o desenvolvimento de cada pessoa e cada “jovem deve cuidar de si e não ser um peso para a sociedade”. Para além da confecção da alimentação, há um conjunto de actividades que os jovens podem fazer. Actividades conjuntas com jovens de diferentes países “com vista a perceber a diversidade do mundo”. O objectivo é que no final da actividade “todos ganhem uma maior consciência do que é o mundo”. Contrariando a visão restrita que cada pessoa tem do mundo “aqui vamos perceber as diferentes realidades”. José Machado dá conta que os países com maior rendimento tiveram uma taxa de participação quatro vezes superior aos outros mais pobres, “com vista a ajudar nos custos da viagem dos países mais pobres. A partilha das tarefas coloca todos os jovens em pé de igualdade”. Estar em Inglaterra celebrando o centenário “dá um sabor extraordinário”. Mas a ligação a Portugal é permanente. De Inglaterra foi enviado um “voto de solidariedade” para os escuteiros portugueses que sofreram um acidente a caminho do acampamento nacional.

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