Ensino Superior: Estudantes mostram «boas práticas» na universidade com «marca católica»

Encontro nacional de Universitários foi dedicado às «boas práticas» do setor

Coimbra, 23 abr 2018 (Ecclesia) – O assistente do Serviço Nacional da Pastoral do Ensino Superior (SNPES) da Igreja Católica disse que é “uma ideia mítica, do passado” afirmar que “não há estudantes católicos no seio das universidades” após um encontro onde foram apresentadas «boas práticas».

“Ouvimos aqui gente que está no seio das universidades, do primeiro ano ao último ano da universidade, a fazer mestrados. Gente que se associa para rezar, para fazer um conjunto de atividades com a marca católica, que acredita numa Igreja aberta, numa Igreja que vai ao encontro dos outros, que acredita numa Igreja em saída”, disse o padre Eduardo Duque em declarações à Agência ECCLESIA.

O assistente nacional do SNPES alertou que “muitas vezes” se pensa que os universitários “só se dão aos copos, às noites” e que a partir do secundário “não há estudantes católicos no seio das universidades”.

“É uma ideia mítica, ou seja, é uma ideia do passado”, realçou após o Encontro nacional de Universitários 2018 onde os estudantes partilharam diversas ‘boas práticas de Pastoral Universitária’.

Neste contexto, o padre Eduardo Duque destaca que os jovens que são católicos em Portugal, “temos de respeitar aqueles que não são”, “são-no convictamente, com ânimo, com uma vontade tremenda de se encontrar, de se conhecer, de fazer comunidade”.

No Centro Universitário Justiça e Paz, em Coimbra, o Serviço Nacional da Pastoral do Ensino Superior, da Igreja Católica em Portugal, reuniu um conjunto de práticas, “talvez aquelas melhores práticas a nível nacional” nas universidades, de norte a sul e ilhas, mais concretamente o Arquipélago da Madeira.

“Saímos com uma esperança aumentada, uma esperança fortalecida”, assinalou o assistente nacional do SNPES.

Das diferentes experiências apresentadas, “sensibilidades religiosas, atitudes e comportamentos” é possível começar a compreender que afinal “todos” os universitários que se dizem católicos e se querem juntar pretendem “compreender melhor a vida de Cristo, ir mais a fundo, vivê-la, interioriza-la e depois levá-la aos outros”.

De 12 “boas práticas” que foram apresentadas online, os estudantes universitários escolheram cinco que para conhecerem ao pormenor em workshops e no final do encontro reuniram-se todos num plenário de partilha.

Do programa do ‘Encontro de Universitários 2018’ estava previsto também uma visita à Biblioteca Joanina, da Universidade de Coimbra, momentos de oração e convívio e um concerto de música sacra pelo Coro ‘AlmaGraham’.

O sacerdote de Braga realçou também que o encontro “é muitíssimo importante” porque nasce “a partir das dificuldades”, ou seja, “das bases” e não apenas de quem coordena o setor.

O próximo ano pastoral nas universidades vai começar a ser preparado na reunião do Serviço Nacional da Pastoral do Ensino Superior, a 30 de junho, e pretende-se que seja “de frutos” depois do que foi partilhado este sábado, em Coimbra.

“Há compromissos, há gente a levar isto a sério, há gente que na universidade não quer ficar parado. Há gente que quer ter voz, uma voz jovem, católica no meio dos seus colegas; Se este ano foi de reconhecermos as práticas, pode ser um ano de maior incentivo, um ano de coragem, um ano de implementarmos dinâmicas”, concluiu o padre Eduardo Duque.

CB

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