Plataforma organiza hoje encontro com jornalistas diante da Assembleia da República, antes de Isabel Alçada ser ouvida em comissão parlamentar
Lisboa, 08 Fev (Ecclesia) – O Movimento SOS Educação apoia a proposta que o PSD apresentou na Assembleia da República para a realização de um estudo que apure o montante pago pelo Estado por cada estudante do ensino estatal.
A proposta, entregue à Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, é um “passo “fundamental para a transparência do Estado no seu dever de informar correctamente os cidadãos”, refere uma nota de imprensa enviada à Agência ECCLESIA.
O PSD requereu ao Conselho Nacional de Educação que execute um estudo para determinar, “com toda a fiabilidade, os reais custos de financiamento, de natureza pública, em que o Estado incorre com os alunos que frequentam as escolas públicas do País”, refere o site do grupo parlamentar do partido.
A plataforma SOS Educação recorda que a ideia “mereceu já o assentimento público da Senhora Ministra da Educação”, pelo que “seria incompreensível aos olhos da opinião pública que o PS a viesse agora a inviabilizar”.
Nos últimos dias de Janeiro o Movimento anunciou que ponderava avançar com uma “acção popular” que obrigasse o Ministério da Educação a revelar o custo total por aluno nas escolas do Estado.
Um dos responsáveis da plataforma, João Asseiro, revelou hoje à Agência ECCLESIA a realização de uma “grande manifestação nacional”, marcada para 19 de Fevereiro, em Aveiro.
Esta tarde, o Movimento espera reunir frente à Assembleia da República “entre 300 e 400 pessoas” de associações de pais de escolas com contratos de associação com o Estado, indicou João Asseiro.
A concentração decorre no mesmo dia em que a Comissão Parlamentar de Educação e Ciência recebe a ministra da Educação, Isabel Alçada, que vai explicar o financiamento dos estabelecimentos do ensino particular e cooperativo com contratos de associação, entre outros assuntos.
O SOS Educação organiza, também esta tarde, uma conferência de imprensa diante do Parlamento para debater “o estudo de diagnóstico e de reorganização” daquelas escolas, publicado na última semana, e “perspectivar outras acções”.
O Movimento SOS Educação afirma-se uma organização apartidária e independente das direcções dos estabelecimentos de ensino, organizada por pais e encarregados de educação das escolas públicas com contrato de associação com Estado, em representação de “mais de 150 000 pessoas”.
RM