EMRC: Bispo de Aveiro quer mobilização dos católicos para as inscrições na disciplina

D. António Francisco dos Santos publica Nota Pastoral «Educar é ver mais longe»

Lisboa, 27 jun 2011 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro publicou uma Nota Pastoral sobre a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), onde apela ao envolvimento dos católicos nas inscrições para a disciplina opcional dos 12 primeiros anos de escolaridade.

“Pertence à comunidade no seu todo e concretamente às famílias cristãs sensibilizar os alunos para o valor e para importância da matrícula em EMRC, que sendo uma disciplina de opção exige e supõe a afirmação expressa da vontade de nela se inscrever”, lembra D. António Francisco dos Santos em texto publicado nos sites da diocese de Aveiro e da Comissão Episcopal da Educação Cristã, de que o prelado é um dos vogais.

A Igreja está disponível “para trabalhar com aqueles que, por sua opção livre ou por escolha decidida dos seus pais, procuram nas aulas de EMRC um espaço e uma oportunidade de aprofundar saberes, delinear critérios de vida, afirmar a fé cristã e encontrar valores que alicercem e consolidem o seu caminhar rumo ao futuro”, escreve o bispo de Aveiro.

Na nota intitulada ‘Educar é ver mais longe’, D. António Francisco dos Santos assinala que “são muitos” os estudantes “que sem uma opção clara de fé ou porventura mesmo distanciados de qualquer crença religiosa procuram nas aulas de EMRC um espaço de diálogo e de abertura ao confronto de ideias e à afirmação dos valores éticos de um sadio humanismo”.

A presença da Igreja Católica no ensino através da EMRC requer “um permanente e interventivo empenhamento” por parte dos alunos e professores “no projeto educativo da escola e na abertura à comunidade educativa alargada, com quanto isso supõe e exige de competência profissional, disponibilidade de tempo, compromisso de ação e testemunho de vida”, salienta o bispo de Aveiro.

O prelado considera que “o futuro das pessoas e o rumo das sociedades decidem-se, muitas vezes, em pequenos gestos e dependem de humildes e discretas decisões de quem sabe que educar é ver mais longe, para, em cada dia que passa, formar pessoas felizes, preparar um amanhã diferente e construir um mundo melhor”.

A Concordata de 2004 consagra a existência da disciplina de EMRC, continuando os professores a serem propostos pelos bispos, nomeados pelo Estado e pagos pela tutela.

RM

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