Empresários e gestores cristãos alertam para possibilidade de mais desemprego

O estudo mensal de opinião promovido pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) junto dos seus associados permite concluir que a maioria (66,8%) acredita que uma verdadeira reestruturação da economia implica taxas de desemprego ainda superiores à actual, sendo os mesmos unânimes (92%) em considerar que a taxa recentemente revelada pelo INE, de 8,4% , não é surpreendente. Inquiridos sobre qual a taxa que lhes parece compatível com essa reestruturação, 32,5% aponta os 10%, sendo que 19,8% dos associados vão mais além ao referirem uma taxa de 12%. Uma taxa de 9% é defendida por 7,9% e 8,7% acham que será maior que 12%. Em relação à política de emprego do governo, 44,4% classificam-na de “má”, 30,9% consideram-na “média” e 15% avaliam-na como “muito má”. Perante esta realidade, e o previsto aumento do número de desempregados, os associados da ACEGE consideram que é importante uma actuação clara dos empresários ao nível da formação e da criação de emprego, tendo o Governo o dever de definir políticas facilitadoras e dinamizadoras da actividade empresarial que criem condições para a inversão desta situação de forma sustentável. Mais de 80% dos entrevistados consideram que, apesar do crescimento de 2,1% no primeiro trimestre do ano, a economia não entrou ainda em retoma “sustentada”, sendo que apenas 12,7% se mostram optimistas. 80,1% dos entrevistados considera ainda “perigoso”, quanto à sua sustentabilidade, um crescimento baseado nas exportações e sem retoma do investimento. A quase unanimidade dos inquiridos (94,59%) considera que a subida das taxas de juros na Europa terá consequências negativas no desenvolvimento das empresas portuguesas. Sobre o momento em que a Banca Europeia inicia uma fase de fusões e aquisições, 53,15% avaliam o fenómeno positivamente. O optimismo dos inquiridos sofreu este mês uma acentuada queda, com apenas 31% dos inquiridos a declararem-se moderadamente optimistas sobre a evolução do País, contra os 43% do mês passado. Dos restantes, 36,5% estão moderadamente pessimistas e 11,9% mostram-se francamente pessimistas. A recolha de respostas para este Barómetro mensal promovido pela ACEGE em parceria com a Rádio Renascença e o Semanário Económico foi efectuada durante os dias 28, 29 e 30 de Março, tendo respondido 126 associados da ACEGE entre um universo de 590 visados com este inquérito.

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