Em Lisboa caminhou-se pela vida

Instituições solidárias concentraram-se este sábado junto à Maternidade Alfredo da Costa e caminharam até aos Restauradores

Lisboa, 19 mai 2012 (Ecclesia) – Responsáveis e funcionários de dezenas de instituições de solidariedade social, vindos de diversas dioceses do país, juntaram-se, este sábado em Lisboa para realizar a 3ª Caminhada pela Vida.

Em declarações Rádio Renascença, Sofia Guedes referiu que o tema da vida “ultrapassa a política e a religião” e pretendeu-se anunciar uma cultura de vida, que existe e que há muitas pessoas a acreditar no ser humano”.

Em entrevista ao programa ECCLESIA, da RTP2, Sofia Guedes, da organização do evento, sublinha a importância de “mostrar” as pessoas que atualmente “trabalham” a favor de uma “cultura de vida”, sobretudo em contexto de crise.

“É importante dar a cara, porque assim as pessoas sabem que não estão sozinhas”, frisa aquela responsável, que olha também para a iniciativa como uma oportunidade das instituições partilharem experiências que permitam uma resposta efetiva aos “sofrimentos” das pessoas.

A concentração partiu junto à Maternidade Alfredo da Costa, na freguesia de São João da Pedreira, e os participantes seguiram depois até à Praça dos Restauradores.

Ao longo do percurso, a comitiva teve oportunidade de interpelar os cidadãos para a urgência de denunciar “leis que em Portugal ameaçam a vida” e “a família”, relacionadas com o aborto, o divórcio, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a reprodução artificial e a educação sexual.

[[v,d,3116,]] “A família é fundamental, permite que a pessoa cresça segura, através dela aprende-se tudo ao nível de trabalho, de partilha, de criatividade, mas está neste momento muito degradada, destruída, muito pouco valorizada”, refere Sofia Guedes.

Segundo a promotora da Caminhada pela Vida, o atual contexto social e financeiro do país veio abanar ainda mais os alicerces daquele que é considerado o tecido fundamental da sociedade.

“As pessoas estão cada vez mais fora de um contexto familiar, acabam por estar muito mais tristes, muito mais sós, os jovens andam perdidos, sem ninguém que os compreenda ou com quem possam falar”, alerta.

Bernardo Mira Delgado, do Departamento Nacional da Pastoral da Família (DNPF), confirma essas situações de “desesperança” e defende uma maior aproximação entre pais e filhos, avós e netos, entre todos os ramos de parentesco, para ir “ao encontro de soluções”.

“Não é com egoísmo ou individualismo que se conseguem colmatar as dificuldades que hoje em dia se põem, mesmo a nível material”, aponta.

Até ao próximo domingo, o DNPF está a dinamizar um pouco por todo o país a Semana da Vida, promovida pela Comissão Episcopal do Laicado e Família e subordinada ao tema “Comprometidos com a Vida”.

Entrando no site leigos.pt é possível encontrar um vasto conjunto de orações e textos de apoio para aproveitar melhor aquela “celebração”, salienta Bernardo Mira Delgado.

PTE/JCP/LFS

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top