Educação: Professores continuam a manter espírito de missão

Docentes procuram conjugar transmissão de conteúdos com acompanhamento próximo dos alunos

Lisboa, 23 set 2011 (Ecclesia) – As responsáveis pela escola pública Pedro Alexandrino, nos arredores de Lisboa, acreditam que as dificuldades sentidas pelos professores no seu percurso profissional não os impedem de continuam a valorizar o papel de educadores das novas gerações.

“Há um número significativo de professores que distingue entre o que é uma carreira daquilo que é a sua vocação e missão enquanto docentes”, afirmou ao programa da ECCLESIA na Antena 1 a diretora da escola localizada em Odivelas, Maria do Rosário Ferreira.

A professora de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) há três décadas e diretora da escola há cinco anos acentua que “apesar de todas as dificuldades [os docentes] conseguem continuar a ajudar os alunos e a trabalhar muito mais horas do que as estipuladas”.

Rosário Azevedo, professora de português, francês e espanhol há 21 anos na mesma escola, sublinha que o acompanhamento dos alunos ultrapassa a transmissão de conteúdos, ainda que se sinta na “corda bomba” para conjugar as exigências do cumprimento dos programas com o acompanhamento próximo dos estudantes.

[[a,d,2462,emissão (21-09-2011) ]]A catequista de uma paróquia de Lisboa sente por vezes dificuldades em conjugar o cargo de diretora adjunta da escola com a necessidade de ser “amiga, professora, assistente social e psicóloga”: “Precisamos de ser firmes, mas com uma firmeza de certo modo amorosa”.

“Parte da minha vocação de ser professora prende-se com o facto de ter muita consciência de que as pessoas precisam, em primeiro lugar, de serem felizes” e para isso precisa de ajudá-las “a aprenderem com as crises que atravessam e, sobretudo, a sentirem-se amadas”, assinala.

Maria do Rosário Ferreira dirige hoje uma escola com 1500 alunos e 200 docentes, mas foi enquanto lecionou EMRC que teve oportunidade de se aproximar dos jovens: “Temos uma vantagem em relação aos outros professores, que é a possibilidade de criar laços com os estudantes”.

“Tive sempre a preocupação de não ver os jovens meramente como alunos mas como pessoas”, refere a docente, que destaca a importância da atenção ao detalhe ao recordar uma frase que lhe escreveram e que para ela “significa muito”: “‘Obrigada por estares atenta aos pequenos nadas’”.

PRE/RJM

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top