Educação: Compete ao Estado «apoiar economicamente todas as escolas» – Bispo de Aveiro

D. António Moiteiro defende a possibilidade dos pais escolherem a escola de acordo com o “modelo educativo”

Aveiro, 02 jun 2016 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro afirmou que o Estado deve “apoiar economicamente as escolas” para garantir o “direito/dever” dos pais de escolherem a escola que melhor corresponda aos valores e exigências dos seus filhos.

“Os pais têm, entre outros, o direito/dever de educar e escolher a escola que melhor corresponda aos valores e exigências dos seus filhos, competindo-lhes a orientação da sua educação”, defende D. António Moiteiro na Nota Pastoral ‘Educar para preparar o futuro’.

Para o bispo de Aveiro, “ao Estado compete, pois, por equidade e exigência do bem comum, harmonizar os interesses dos cidadãos, garantindo os direitos das instituições educativas” e “colaborar com os pais na educação dos filhos, criando condições necessárias para que estes possam optar livremente pelo modelo educativo que lhes convém”.

D. António Moiteiro defende que compete ao Estado “apoiar economicamente as escolas, sejam elas de iniciativa estatal ou particular”, acrescentando que essa é a forma de “colaborar com os pais na educação dos filhos” e de garantir a possibilidade de opção.

O bispo de Aveiro, que integra a comissão da Conferência Episcopal Portuguesa sobre a educação, sustenta que “cada estabelecimento de ensino, público ou privado, deve caracterizar o seu modelo educativo” para que os pais, “em liberdade, possam escolher” o que “mais se coaduna com a educação que julgam mais adequada para os seus filhos”.

D. António Moiteiro afirma que a opção por um modelo educativo “deveria ser um direito”, mas é, por vezes “um obstáculo”, e não pode estar sujeita a um “jogo político”.

“Ao Estado não cabe impor uma visão do mundo”, sublinha o bispo de Aveiro.

Na Nota Pastoral ‘Educar para preparar o futuro’, D. António Moiteiro apela também à inscrição na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, uma “área curricular com um alcance cultural e um significativo valor educativo, que confere unidade ao projeto educativo”.

“Aos alunos, proponho um desafio: convido-os a ir contra a corrente, a ser determinados e a arriscarem pela frequência da EMRC como caminho onde os valores são identificados, promovidos e divulgados – onde brota uma vida com sentido e projeto”, afirma o bispo de Aveiro na Nota Pastoral.

D. António Moiteiro pede aos pais que se consciencializem da dimensão religiosa para a educação dos filhos” tomando uma “posição ativa” na inscrição em EMRC dos filhos, aos professores que promovam o “diálogo e a colaboração com os pais e a escola” e o envolvimento de todos para ajudar a “crescer nos valores que dignifiquem a pessoa humana”.

PR

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top