D. António Francisco dos Santos encontrou-se com responsáveis de várias dioceses
Porto, 13 mar 2017 (Ecclesia) – O bispo do Porto, D. António Francisco Santos, considera que o “grande desafio” das escolas católicas é “levar a alegria do Evangelho” ao mundo concreto da educação das crianças, adolescentes e jovens.
No encontro das jornadas locais das Escolas Católicas, realizado em Vila Nova de Gaia, este sábado, o membro da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) proferiu a conferência ‘Que desafios se colocam à Escola Católica como espaço de evangelização?’ e sublinhou que este desafio deve ser alargado à família e à comunidade local.
A escola católica deve “ser atual, com qualidade, de excelência” e o centro da sua missão “deve ser a pessoa”, frisou à Agência ECCLESIA.
Para além destas facetas, estes estabelecimentos devem saber “cultivar o diálogo, o compromisso social, a inserção na comunidade”, referiu o bispo do Porto.
A iniciativa reuniu mais de 140 participantes da Diocese de Viana do Castelo, Arquidiocese de Braga, Diocese do Porto, Diocese de Bragança-Miranda e Diocese do Funchal.
D. António Francisco dos Santos, vogal da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, salientou que é estabelecer “laços, criando sinergias, valorizando o que nos une, e realçando o que nos distingue e diversifica e, por isso, nos enriquece e nos dignifica”.
Nas escolas católicas, os docentes transmitem conhecimentos científicos, mas “o grande segredo” é o projeto educativo que elas têm e que as leva serem “muito procuradas”, disse.
A família tem “o direito de escolher livremente” a escola que quer para os seus filhos, assumindo o projeto de vida e a educação que lhes quer propor, acentuou o bispo do Porto.
Ao longo dos séculos, “e ainda são hoje”, as escolas católicas são “um belíssimo contributo para o país e para a sociedade portuguesa”.
Olhando para a realidade atual, o prelado pediu às escolas católicas para “estarem atentas aos sinais dos tempos à boa maneira da Gaudium et Spes” de modo a que se possa dizer à Igreja em Portugal “que a escola católica faz parte de cada uma das nossas dioceses” e tem “um papel na educação, uma educação que não é, em nenhum contexto, neutra”.
LFS/OC