Educação: Bispo de Vila Real valorizou o papel dos professores de EMRC numa sociedade «sem valores»

«Mundo precisa de testemunhas que comprovem com a vida a verdade das afirmações», afirmou D. Amândio Tomás aos docentes de Educação Moral e Religiosa Católica

Foto Educris D. Amândio Tomás num encontro diocesano da disciplina de EMRC

Vila Real, 29 out 2018 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real afirmou que a missão do professor da disciplina de Educação Moral e Religião Católica (EMRC) é “sublime e preciosa” numa sociedade “sem valores, sem Deus”, num encontro de oração e formação com os docentes.

“O mundo de hoje precisa de testemunhas, de mestres que comprovem com a vida a verdade das suas afirmações teóricas”, disse D. Amândio Tomás aos professores por ocasião da renovação do seu compromisso.

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, o bispo de Vila Real observou que os alunos são “pasto do egoísmo e violência” vivendo “ciosos de dinheiro, prazer e vedetismo, contagiados pela perversão”.

Na sua intervenção, no auditório do Seminário de Vila Real, D. Amândio Tomás explicou que a missão do professor de EMRC “é sublime e preciosa”, mas “difícil” porque as famílias “pouco lhes dão” e a sociedade “é um corpo doente, sem valores, sem Deus, sem horizontes, sem transcendência”.

Neste contexto, acrescentou que os alunos resistem à visão católica do mundo porque “são escravizados pelo agir pós-cristão, materialista e injusto reinante, sedentos de êxito, lucro e posse desordenada”.

Segundo os critérios do mundo, as pessoas “valem pelo que têm e obtêm e não pelo que são”, nem pelo reto agir que deviam ter.

“O que conta para a opinião reinante é êxito, lucro, carreira, indiferença, sendo os jovens prisioneiros do hedonismo e da violência. Num mundo assim sois sinais de contradição e a Boa Nova é escarnecida”, desenvolveu.

D. Amândio Tomás destacou que os professores de EMRC são “desmancha-prazeres” que remam “contra a maré” e põe “o dedo na ferida”: “No descalabro moral, cresce o ódio, a aversão e a indiferença de muitos e deste modo a corrupção global aumenta.”

“A verdade está acima das conveniências”, observa o bispo de Vila Real, indicando que para se “ganhar audiência cala-se e mutila-se a verdade de Cristo”, cedendo ao “engodo” do populismo.

O docente de Moral e Religião Católica é discípulo e testemunha de Cristo e “deve falar” de Jesus, com “convicção e entusiasmo e ensinar o que a Igreja diz”, por isso, “não é neutro, profissional do sagrado, mago, bruxo vendedor de banha de cobra”.

O bispo diocesano explica que o professor de EMRC “é um convertido”, que não desiste de converter-se e “ensina o que deve, lhe vai na alma e o Ressuscitado pede para testemunhar”.

“Tem mais impacto nos alunos um gesto de adoração, oração e ação de graças, junto com o bom exemplo e a reta conduta, que muitos belos discursos. Há que evangelizar o homem todo, cativar os alunos, pela via do amor e pelo exemplo, que arrasta e deixa marca indelével, na gente nova”, desenvolve D. Amândio Tomás.

“O amor”, referiu, é “o elixir e móvel” do Ensino da Moral e Religião Católica e recordou que se deve “investir em conhecimento e na pedagogia”.

No dia em que os professores de EMRC assinaram a sua Declaração de Compromisso, o bispo de Vila Real pediu que não vivam à parte, “como ave rara, longe da Igreja e da Paróquia, mas prime pela opção de vida cristã”.

CB

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