Educação: Bispo de Braga defende formação para os «valores»

D. Jorge Ortiga desafia ainda os pais a estarem presentes nas escolas com «propostas e ideias»

Aveiro, 15 set 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga dedicou uma mensagem a todos os alunos, pais e professores, no início do novo ano letivo, sublinhando a necessidade de transformar as escolas em “comunidades autênticas” de aprendizagem e de formação para os “valores”.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, D. Jorge Ortiga exortou os jovens a “procurarem uma formação integrada”, que tenha também em conta a “dimensão espiritual”, porventura através da “frequência das aulas de Educação Moral e Religiosa Católica”.

“Se é fundamental serem competentes em diversas áreas do conhecimento, para que amanhã possam ter um futuro digno”, as novas gerações “não podem de maneira” descurar a educação “para os valores”, se quiserem também encontrar “um sentido para a vida” hoje “tão complicada e complexa”, salienta o prelado.

Aos pais, o responsável católico recorda que “a escola não é um lugar onde se depositam os filhos”.

“É um dever e uma obrigação que os pais acompanhem, façam parte dessa mesma escola, participem, não apenas em momentos de contestação como acontece, mas com propostas, com ideias, com presença junto dos filhos, dos professores”, sublinha o arcebispo.

D. Jorge Ortiga deixa depois uma palavra de “esperança e solidariedade para os professores”, especialmente aqueles que ainda têm o seu futuro e “estão a passar uma situação muito complicada, de colocação ou não colocação, de distância da própria família”.

O arcebispo bracarense sustenta a importância de apoiar os docentes na sua missão, pois ela “é de fundamental importância para as pessoas, para os jovens, crianças, mas também para o país”.

 O distrito de Braga foi um dos territórios mais afetados pela reestruturação dos estabelecimentos de ensino promovida pelo Governo em meados deste ano.

Com o encerramento de estruturas com menos de 21 alunos, e a consequente integração dos alunos em grandes centros educativos, a região minhota ficou com menos 17 escolas, que serviam localidades mais pequenas.

Guarda e Vila Real integram a mesma lista, sendo que no caso da diocese egitaniense os números foram mais significativos pois abrangem também alguns concelhos do Distrito de Castelo Branco.

D. Manuel Felício, bispo da Guarda, aponta que quando uma escola fecha “não são apenas as crianças que partem, são os pais, os professores, todo um conjunto de serviços que à volta desativam e tornam vazios os espaços”.

“Todavia, nós não podemos deixar de trabalhar para que se possa vir a inverter esta tendência nefasta que é o desequilíbrio entre os grandes centros e os menos ativados, para que se possa desfazer este desequilíbrio e possamos ter novamente esperança”, complementa o prelado.

No caso da Diocese de Vila Real, D. Amândio Tomas  defende a necessidade de uma maior “aposta na educação” dos mais novos, que “são o futuro, a esperança da Igreja e do mundo”.

LFS/JCP

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